CADU DONÉ

Hulk e Diego Costa

As duas estrelas têm tudo para formar a melhor parceria do futebol nacional, atuaram bem tanto no âmbito individual quanto no coletivo


Publicado em 20 de setembro de 2021 | 03:00
 
 
 
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A ansiedade para ver Hulk e Diego Costa juntos era gigantesca. Não entro no rol daqueles que questionam com veemência e tom pejorativo a possibilidade desses dois craques formarem uma dupla em diversos formatos táticos. Na grande atuação do Atlético no sábado, na fácil vitória sobre um Sport entregue logo no começo do cotejo, tamanha a superioridade do adversário, as duas estrelas que têm tudo para formar a melhor parceria do futebol nacional, atuaram bem tanto no âmbito individual quanto no coletivo, sem atrapalhar a recomposição, as dinâmicas ofensivas, nada disso. Lembremos que a equipe do Sport segue fraquíssima, mas que seu defeito primordial se encontra num ataque dos mais inofensivos da Série A. No que tange ao combate, os pernambucanos não desnudam excelência desprezível que, de certa maneira, anularia os elogios que aqui estou fazendo.

Hulk e Diego Costa 

Talvez o desenho óbvio, inicialmente, que imaginávamos para a união destes dois tratores que, fugindo aos estereótipos, fluem pelos gramados com considerável leveza, seria o deslocamento de Hulk para a beirada, e a colocação de Diego como centroavante. O super-herói alvinegro iniciou sua trajetória em Minas assim, e, historicamente, correspondeu pelos flancos. Lembremos de algo que já mencionei nestas páginas: na Copa das Confederações de 2013, em que a seleção performou com méritos, e Hulk ganhou titularidade, o 4-2-3-1 de Felipão tinha Neymar pela esquerda, o artilheiro do Atlético pela direita, e Fred como centroavante. Todos bem, naquela fase.

Diferença

Curioso, instigante observarmos que, diante do Sport, Hulk não se deslocou para o lado. Keno – bem na partida –, e Zaracho – novamente deitando –, fizeram as extremidades. O artilheiro do Galo flutuou pelo centro, por trás de Diego Costa. Outra boa notícia no sábado foi que o jogador do mês no Brasileirão esbanjou compromisso e capacidade para recompor. Indispensável sublinhar, contudo, que, provavelmente, este desenho passou pela ausência de Nacho, poupado.

Histórico

Não foi só no título de 2013 com a amarelinha que Hulk fruiu com sucesso pelas pontas. No escrete canarinho, em outros momentos, foi assim. Nos clubes em que sempre se destacou, também. Numa entrevista recente que realizamos com o melhor futebolista em atividade no país, na rádio Super, uma das minhas indagações passou pelo depoimento do pai da semana acerca de sua preferência em termos de posicionamento. Claro que, ao “montar” este debate, contextualizei diversas nuances, detalhes da época.

Resposta

No Super FC 2ª edição, o orgulho da Paraíba não ficou em cima do muro. Cravou que, atualmente, se sente mais confortável como 9. Creio que esta informação seja relevante, embora não se possa cravar, a partir daí, que a cria do Vitória não estaria disposta a se adequar, com toda sua versatilidade, para permitir a entrada de outro craque. Creio não ser o caso. Acredito piamente que Hulk se revela disposto a inúmeros sacrifícios na seara tática para o encaixe perfeito da engrenagem.

Aposta

Com o retorno de Nacho, se Cuca começar com Diego Costa, vejo Hulk voltando às origens. Como ponta, deixando Diego adiantado.

Cuidado

A badalação em torno do Palmeiras diminuiu. Não nos enganemos. Adversário fortíssimo. Respeito. Cuidado. Concentração total. 

 

 

 

 

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