CHICO MAIA

A próxima será no Brasil, mas deveria ser no México!

Redação O Tempo


Publicado em 17 de junho de 2016 | 03:00
 
 
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O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Dominguez confirmou que a próxima Copa América será no Brasil, em 2019. A CBF deveria abrir mão e negociar com o México para que ela seja realizada lá, por uma série de motivos. O principal é que os mexicanos continuam apaixonados pelo futebol, dentro e fora do país deles. São os maiores responsáveis pelo recorde de média de público pagante na história da Copa América, justamente esta em que se comemora o Centenário, aqui nos Estados Unidos: 41.032 pagantes por partida. Os números impressionam mais ainda quando se vê apenas a média dos jogos do México: 70.235. Contra o Uruguai, na estreia, quando nem sonhavam que dariam um show de bola, foi “pouca gente”: 60.125. Contra a Jamaica, em Pasadena, onde há uma concentração maior de residentes mexicanos, 83.263 pagantes. E contra Venezuela, jogo para cumprir tabela, com as duas seleções classificadas, e um pouco mais longe para os residentes em território mexicano, 67.317. Dá pra imaginar algum estádio brasileiro com média de público ao menos parecida numa Copa América? Nem nela nem em competição nenhuma. O atual Campeonato Brasileiro tem uma média de 12.157. A Libertadores, competição mais prestigiada pelos brasileiros nos estádios, tem uma média neste ano de 35.023. O nosso regional que teve maior sucesso de público neste ano foi a Copa Sul-Minas-Rio: 11.842 por jogo. O Estadual mais forte é o Paulista, que teve 7.271 de média em 2016. O Mineiro teve neste ano 5.401. Melhor que a Série B do Brasileiro, que está com 4.083. E fiquemos por aqui, porque a Série C leva, em média, 2.706 torcedores por partida. A baixa qualidade dentro de campo não é o maior problema do futebol brasileiro. O descrédito fora das quatro linhas é que espanta o torcedor.

Cansaço

O público está cansado de tanta bandalheira da maioria dos dirigentes da CBF, federações e clubes. Algumas comprovadas, outras certas, porém sem comprovação. E o pior: ninguém na cadeia, à exceção do José Maria Marin, e mesmo assim enjaulado pelo FBI, porque no Brasil ninguém poria a mão nele, como não põe no Del Nero e em tantos outros. Sem falar nos horários malucos dos jogos, por determinação da rede de televisão que detém os direitos de transmissão; das arbitragens ruins que geram suspeitas se há algum esquema por fora ou não em determinados jogos, beneficiando, principalmente, alguns clubes específicos.

Crescimento

Independentemente da força do público latino, o futebol dos Estados Unidos está crescendo em motivação popular. O campeonato passado teve média de 21.546 pagantes, o que é excelente, principalmente para nós, sul-americanos, e não está tão longe de uma das maiores paixões dos Estados Unidos, que é o baseball: 30.477. Mas a paixão maior pra valer é o futebol deles, com a média incrível de 68.216 por jogo. Vale lembrar que a maior média de público numa Copa do Mundo de futebol (soccer para eles) foi lá, em 1994: 68.991, que possivelmente só será batida se algum dia tivermos uma Copa na China. Mas os chineses ainda não manifestaram interesse.

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