CHICO MAIA

Clássico de verdade

Redação O Tempo


Publicado em 22 de setembro de 2014 | 03:00
 
 
 
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O Atlético entrou com apenas um volante, mas o seu primeiro lance ofensivo de verdade foi aos 28 min. O primeiro chute a gol, e sem perigo, só aos 37, com Tardelli. O Cruzeiro tinha chutado na trave atleticana a um minuto de jogo, com Alisson, e Victor fez quatro excelentes defesas. Mas aos 39 e aos 40 min, Carlos aproveitando cruzamento de Emerson Conceição, e Tardelli, cruzamento de Dátolo, puseram o Galo na frente. O Cruzeiro reagiu aos 46, com Everton Ribeiro ajeitando para Ricardo Goulart diminuir.

O primeiro tempo retratou bem o que é este clássico, cheio de surpresas e emoções do princípio ao fim.

Alisson empatou logo no início da segunda etapa, e o Cruzeiro empreendeu ritmo que passava a impressão de que a virada seria em questão de mais alguns minutos. Mas Victor estava em ótima tarde, o sistema defensivo atleticano funcionou bem, e Marcelo Moreno e Dagoberto desperdiçaram chances incríveis aos 29 e aos 37. Aos 42 min, foi a vez de o Atlético perder a oportunidade de fazer o terceiro, com Dátolo. Quando parecia que seria mais um empate, o jovem Carlos matou o jogo.

O Cruzeiro mandou na partida, mas o Atlético foi quem venceu. Clássico é assim mesmo e faz o futebol essa loucura que é.

Impraticável. O trânsito caótico para se chegar ao Mineirão; o estacionamento nas vias ao lado do estádio continua proibido e nenhuma justificativa das autoridades convence ninguém. O repórter Osvaldo Diniz, da Itatiaia, informava que três torcedores do Atlético que iam para o estádio foram baleados. Por essas e outras, mais pessoas dizem que não vão a estádios.

Marginalidade. As imagens da ESPN mostraram a PM espantando baderneiros cruzeirenses tentando atingir o ônibus do Atlético na chegada ao Mineirão. Não fosse a cavalaria, algo grave poderia ter acontecido. Minutos depois cruzeirenses esculhambaram com a PM durante o programa “Bate Bola”, pedindo que o canal “denunciasse” que a polícia mineira é “covarde”.

Mais marginais. Dentro do Mineirão, o árbitro parou o jogo por causa de bombas que foram soltas por baderneiros atleticanos. Interessante é que muitos “experts” apostavam que isso acabaria no Brasil com a construção dos novos estádios “padrão Fifa” e que seria um grande legado da Copa do Mundo no país.

Incentivo. Os apresentadores do programa repetiram as imagens e, obviamente, disseram que a PM agiu corretamente e todo clube tem seus baderneiros que aprontam esse tipo de confusão. Com o agravante de que a impunidade reinante no Brasil incentiva a continuidade dessa violência para que se repita a cada semana em um estádio com uma torcida diferente.

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