CHICO MAIA

Como se estivesse em casa

Redação O Tempo


Publicado em 31 de agosto de 2015 | 03:00
 
 
 
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O Atlético jogou no Maracanã como se estivesse no Independência ou no Mineirão. Desconheceu o Fluminense como mandante e venceu com segurança, por 2 a 1, apesar do susto da bola na trave nos minutos finais. O primeiro tempo foi totalmente do Galo, mas, logo no início da segunda etapa, tomou o gol de empate e levou alguns minutos para se reencontrar.

Levir Culpi foi feliz na mexida, colocando Patric no lugar do Luan, e o gol da vitória saiu de uma jogada difícil de se imaginar, com a troca de passes em alta velocidade entre Marcos Rocha e Patric, teoricamente, dois concorrentes pela mesma lateral direita.

Ronaldinho Gaúcho jogou menos do que jogava em seus últimos tempos de Atlético e saiu de campo vaiado pela torcida. A categoria é a mesma de sempre, mas sem força física, impossível mostrar todo o talento que já encantou o mundo.

O seu sucessor no Atlético é Giovanni Augusto, que está jogando muito. Deixou os tempos de “cabeça cozida” para trás e está empenhado em se tornar um dos melhores jogadores do futebol brasileiro. Arma, defende, chuta e voltou a ser humilde como na época em que jogava no júnior.

Fazendo falta. Gilvan de Pinho Tavares desmanchou o time bicampeão brasileiro, e, nos últimos meses, desmantelou importante parte da estrutura administrativa. Não fez nenhum esforço para segurar o diretor de futebol Alexandre Mattos, o diretor de marketing Marcone Barbosa e o gerente Valdir Barbosa, além de dispensar o técnico Marcelo Oliveira.

Pente fino. Além de tantos jogadores importantes que saíram, as cabeças pensantes e executivas que também se foram fazem muita falta, e as consequências são pesadas. Valdir atuava em todas as áreas. O baixo índice de erro nas contratações nos tempos de Zezé e Alvimar Perrella tinham tudo a ver com o trabalho dele. Qualquer nome a ser contratado era investigado a fundo por Valdir.

Diálogo. As relações institucionais do Cruzeiro eram fortes, cuidadas com absoluto zelo, também por Valdir Barbosa, que tinha carta branca para agir e falar em nome dos presidentes antecessores de Gilvan. Choques com a imprensa eram raros, e tratados de forma transparente. Com a saída dos Perrella, a situação mudou.

Sintomático. Foi Valdir Barbosa quem sugeriu a contratação de Guilherme Mendes, à época recém-demitido pela Globo, para assumir o lugar dele na comunicação do Cruzeiro. Poucos meses depois, as relações entre eles entraram em curto. Valdir só não caiu porque Zezé Perrella o tinha, e ainda o tem, como irmão. Com Gilvan isso mudou. O diálogo foi trocado pela truculência.

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