CHICO MAIA

Descontrole americano, desautorização cruzeirense e Atlético

Redação O Tempo


Publicado em 19 de julho de 2016 | 03:00
 
 
 
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Claro que o colombiano Riascos usou termos inadequados. De cabeça quente, exagerou no linguajar. E cabem várias interpretações, algumas, inclusive, atenuantes para ele, tipo: essa ou dessa “merda”? Se referia ao treinador, ao futebol que ele jogou ou ao jogo em si? Porém, também de cabeça quente, comandantes raramente tomam decisões cruciais. Esperam a poeira baixar, pelo menos umas horas, para dar veredictos. Escutam antes um bom advogado para saber das consequências. Depois de briga na Justiça, o Atlético pagou R$ 5 milhões para Ramon Menezes, porque o então técnico Levir Culpi o chamou de “QI de alface” numa entrevista.

Pelo rádio

Thiago Scuro ficou sabendo pelo rádio e, antes da entrevista coletiva de Paulo Bento, pediu a palavra e desancou o Riascos, inclusive, excluindo-o da delegação na volta a Belo Horizonte, o que é muito grave também, já que isso acarreta riscos ao atleta, patrimônio do clube. Jogadores de futebol, normalmente, são muito bem assessorados por procuradores e advogados experientes. Bem orientado, Riascos usou o Instagram para dar as suas justificativas, se defender e “jurar” que jamais quis ofender os companheiros ou ao clube. Boa peça para uma ação judicial por danos morais.

Não gostou

O presidente do Cruzeiro também é advogado experiente, além de ter um corpo jurídico de qualidade na sede do Barro Preto. Sentiu que, do jeito que estava sendo conduzida, essa pendenga poderia custar muito mais caro à Raposa. E desautorizou Thiago Scuro, seu diretor de futebol. Vai rever essa punição, que considerou injusta.

Dia bom

Foi o Democrata de Governador Valadares que lançou essa mania de futebol às segundas-feiras à noite. O Mamudão sempre enche quando a Pantera joga lá nesse horário. Pela venda antecipada, Atlético e Coritiba jogariam com o Independência lotado ontem. E a pressão total no Galo, que ainda quer brigar pelo título, por uma vaga na Libertadores ou nem isso? Noite de panela de pressão. Da torcida sobre a comissão técnica e o time atleticano, e do time do Galo sobre o Coritiba. Com a possibilidade da volta de Lucas Pratto, relacionado para o jogo, sem Marcos Rocha, machucado no cotovelo, e ainda sem Luan.

Hora do vamos ver!

Guillermo Schelotto, ex-ídolo e atual técnico do Boca Juniors, ficou irritado ao ser perguntado se o time dele tinha a obrigação de vencer o equatoriano Independiente del Valle, no jogo da volta na Bombonera. Claro que tinha, mas perdeu e foi eliminado na semifinal da Libertadores. Marcelo Oliveira vivia situação semelhante para a noite de ontem contra o Coritiba, no Independência. O time paranaense ocupava a 19ª posição na classificação. O Galo, mesmo com um elenco muito bom, no papel, ainda não se explicou neste ano. Mesmo com tantos desfalques, espera-se mais do time, e Marcelo já teve tempo suficiente no cargo para mostrar algo diferente daquilo que ficou do antecessor Diego Aguirre.

Recordes negativos

O América está a caminho da quebra de todos os recordes negativos do Campeonato Brasileiro. A resposta do zagueiro Adalberto depois da derrota de 3 a 0 para o Santa Cruz explica bem o motivo: “Isso é Série A, primeira divisão, onde tudo é mais difícil mesmo”. Pois é! Jogadores como ele e a maioria dos que formam o elenco do Coelho não são de Série A. A diretoria errou feio na avaliação do elenco que tinha e mais ainda nas aquisições que fez para 2016. Além de deixar os melhores da campanha do acesso ir embora.

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