CHICO MAIA

Final que parece a mesma, mas que é diferente

Redação O Tempo


Publicado em 24 de junho de 2016 | 03:00
 
 
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No ano passado, na véspera da decisão, havia uma certa dúvida quanto ao maior favorito ao título da Copa América: a Argentina de Messi, um time bem melhor, ou o anfitrião Chile, voluntarioso, bem treinado e com dois ou três jogadores que poderiam fazer alguma diferença em um lance isolado, uma cobrança de penalidade ou na “marra”? Deu Chile, nos pênaltis!

Agora é diferente. A Argentina, muito melhor do que ano passado, com Messi em forma e com vontade acima do normal. Graças a Diego Maradona, invejoso do craque, que incomoda seu prestígio como ícone portenho. Das cutucadas de sempre, partiu para o ataque direto ao dizer que Messi não tem liderança para ser capitão, sendo que ele mesmo o promoveu a essa condição, na Copa de 2010, quando dirigiu a Argentina na África do Sul.

Atualmente, pouca gente liga para o que Maradona fala, mas ele mexeu com os brios de Messi, que é um dos atletas menos vaidosos que o mundo já viu. Desses que se fingem de “defunto para faturar o coveiro”. Não passou recibo publicamente em nenhuma entrevista, mas fez questão de dar o troco ao boquirroto ex-craque e chefe em um Mundial.

Nesta Copa América, Messi deu tudo o que tinha a partir do jogo seguinte às bobagens ditas pelo Maradona, mesmo que em alguns minutos, devidamente combinado com Gerardo Tata Martino, seu conterrâneo de Rosário, amigo da família, incentivador de primeira hora desde os tempos de Newell’s Old Boys. Contra os Estados Unidos, na hora em que estava valendo, só não fez chover. Na final, jogará tudo.

Aí o Chile deverá ser colocado no devido lugar. Uma ótima seleção, porém a mesma de 2015 dentro de campo e, fora dele, sem Jorge Sampaoli, também argentino, rosarino (nascido em Casilda, Grande Rosário), responsável por essa filosofia vencedora da seleção chilena.

Messi ignora comparações entre ele e Christiano Ronaldo, mas o sangue ferve na disputa doméstica.

Brasileiros nos EUA. Celebridades, sub e gente desconhecida do mundo inteiro vive nos Estados Unidos, cada um por seu motivo. Há brasileiros em toda parte. Na Califórnia, tive o prazer de rever a gaúcha Rosane Silva e o mineiro Luiz Pimentel, que me receberam tão bem na Copa de 1994. Em Nova York, está o Leonardo Reis, belo-horizontino do Santa Tereza, que quis ser ator e acabou na terra do Tio Sam, em 1994, depois de uma rápida passagem por São Paulo. Fez intercâmbio cultural na busca de um lugar na carreira artística por aqui. Em 2005, tornou-se mestre em linguística, mas na Universidade de Leeds, na Inglaterra.

Professor do Rei. Leo Reis retornou ao Brasil, onde foi professor de inglês em várias escolas e empresas, como Number One, Fiat e Mannesmann. Hoje, vive em Nova York e leciona na Universidade de Montclair e no Hudson College. Criou seu canal no YouTube, o “Inglês com Leo Reis” (www.leoreisx.com), no qual leciona de graça para milhares de pessoas. Contemporâneo dos meus tempos de Fafi-BH, hoje dá aulas também para celebridades que passam pela cidade, como o grande goleador Reinaldo, que passa uma temporada em Nova York, e outros artistas de cinema e TV. E, por incrível que pareça, apesar do tempo, o Rei continua reconhecido nas ruas de Nova York.

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