CHICO MAIA

Jogador de futebol no Brasil corre de 7 a 10 km por jogo

Redação O Tempo


Publicado em 03 de outubro de 2013 | 03:00
 
 
 
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A correria intensa de quase todo jogo no futebol brasileiro tem preço, e alto. O nível de esforço cobrado dos jogadores atualmente faz com que o grande número de contusões seja cada vez mais comum e rotineiro, principalmente quando a temporada chega ou passa da metade, como agora. Atleta se machuca até em brincadeira antes do treino, como foi o caso de Ronaldinho, que atua numa posição em que o grau de exigência é maior ainda. Obviamente, na maioria dos casos, quanto mais velho o atleta, mais as chances de se machucar e mais tempo para se recuperar.

Choques e porradas

Isso sem falar em choques, pancadas dos adversários ou disputas mais duras. Nesses casos, quanto mais craque, mais caçado. É a lei natural do mundo da bola. Os especialistas da preparação física e da fisiologia contam que, no Brasil, um jogador corre, em média, de 7 a 11 quilômetros durante os 90 minutos.

Subiu a média

Até os anos 1980 essa média era de 4 a 7 Km. Na Europa, a média é de 10 a 14 quilômetros, mas as temperaturas na maior parte do ano são muito mais baixas do que no Brasil. Para correr muito nos jogos é preciso estar bem-preparado, por isso os treinos são em ritmo bem mais acelerado que anos atrás.

Prestígio forçado

Outro detalhe interessante nessa história é que a medicina esportiva brasileira é a de maior prestígio no mundo. E não só pela competência dos nossos médicos no dia a dia, mas pela necessidade que os nossos clubes têm de recuperar depressa os seus jogadores. Por isso, é comum jogador que atua em gigantes europeus vir se tratar aqui. Ou os endinheirados árabes, que mandam os seus se cuidar no Brasil.

Gente sobrando

Ao contrário dos europeus, que têm dois ou até três jogadores de alto nível para cada posição, aqui, os times têm a conta do chá, e olhe lá! Daí a necessidade de os médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e massagistas se virar e descobrir técnicas de recuperação mais rápidas. A cada ano descobrem uma novidade e repassam ao mundo. Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul despontam na medicina esportiva.

Voltas da bola

Interessantes as cenas na TV mostrando a chegada do Corinthians a São Paulo depois da goleada para a Portuguesa. O técnico Tite, até outro dia, carregado pelos torcedores, sendo vaiado e protegido fortemente por seguranças para não ser agredido. Assim é o futebol: herói hoje, vilão amanhã, e vice-versa! Ou como diz Cazuza: “O fã de hoje é o linchador de amanhã”.


Menos Minas

Antes dos árabes do Catar, Inter, Grêmio, Santos, Vasco e Fluminense também manifestaram interesse por Rodriguinho, mas as propostas não interessaram. Nenhum clube mineiro fez proposta, e Marcos Salum até gostou, já que negociar jogadores com Atlético ou Cruzeiro é “complicado”, segundo ele: “Além de reforçar os rivais, os americanos ficam irritados, e os transtornos que a diretoria enfrenta por causa disso não compensam”.


Na Fifa

O assunto Rodriguinho vai parar na Fifa, e o escritório de advocacia contratado pelo Coelho já está tomando as medidas cabíveis. A melhor proposta foi do Corinthians, e o Flamengo foi o outro único clube que chegou a fazer proposta nos últimos dias.

Na Justiça

O América só aguardava o fim do prazo firmado em contrato com o El Jeish, do Catar, na segunda-feira, para ingressar na Justiça contra eles, exigindo que cumpram as cláusulas indenizatórias prevista caso a negociação de Rodriguinho não se concretizasse, como não foi. Pena que ele vá para o Corinthians e não fique em Minas.

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