CHICO MAIA

Ladainha ridícula e desvio de foco do que realmente interessa

Redação O Tempo


Publicado em 15 de novembro de 2016 | 03:00
 
 
 
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Veio de grande parte da imprensa esta mistura dos 7 a 1 da Alemanha de 2014 com este jogo contra a Argentina, como se tivesse uma coisa a ver com a outra. A única explicação que vejo para essa chatice é a tentativa de alavancar leitura e audiência. Quase essa mesma turma andava dizendo até outro dia que o Brasil estaria vivendo uma “geração perdida” em termos de qualidade de futebol. Aquele vexame da Copa é inapagável, mas só aconteceu porque a direção corrupta e incompetente da CBF trocou a comissão técnica na hora errada, interrompendo um trabalho promissor do Mano Menezes por dois dinossauros do futebol, Felipão e Parreira: o “anteontem futebol clube” para comandar a seleção numa Copa do Mundo para enfrentar o que havia de mais moderno em preparação de um time de futebol no planeta.

Persistência nos erros

Os alemães tiveram dó, tiraram o pé e sete foi pouco! Não satisfeita, a mesma cartolagem incompetente e corrupta chamou de volta Dunga, que não é treinador, para dar continuidade ao show de horrores do time. Depois de uma campanha ridícula na Copa América nos Estados Unidos e diante da ameaça real de ficar fora de uma Copa pela primeira vez na história, os sujeitos foram obrigados a colocar no comando alguém do ramo e atualizado.

As coisas nos lugares

Com Tite, a seleção, que estava fora da zona de classificação das Eliminatórias, passou a convocar os jogadores certos, jogar futebol, e o resultado está aí: 100% de aproveitamento, líder absoluto da competição, se dando ao luxo de atropelar uma Argentina de Messi e cia – tudo bem que eles vivem hoje um dos piores momentos da história, dentro e, principalmente, fora de campo.

Méritos

A AFA (a CBF deles) está em crise de comando e sem saber o que fazer depois da morte do presidente Júlio Grondona, assim como seus colegas brasileiros, um dos dirigentes mais nefastos da história do futebol mundial. Sobre o jogo, Neymar, Gabriel Jesus, Philipe Coutinho, Marcelo, Renato Augusto e Paulinho fizeram diferença demais. O time do Edgardo Bauza foi um amontoado.

Só Jesus

A Argentina estava com uma defesa batendo cabeça, o meio perdido e o ataque inoperante. Assim, nem Messi salva! O 3 a 0 foi pouco. A Argentina estava torcendo para o jogo acabar logo. E como disse o jornalista Maurício Miranda(@reporterMM): “7 a 1 já deu. Vamos ter mais criatividade nas pautas. Citar uma vez, tudo bem, mas ficar fritando não dá”.

Só da Série B

Neste fim de semana, só tivemos jogos pela Série B. Parar o Campeonato Brasileiro da A por causa das Eliminatórias é um erro que precisa ser revisto. Além da maioria dos convocados não atuar em nossos clubes, a tabela proporciona espaços para serem ocupados por eventuais mudanças. A CBF não age assim porque não quer, já que a Globo, maior patrocinadora da disputa, não se opõe.

Roberto Abras

Na quinta-feira tive a satisfação de tomar um café com Roberto Abras e Carlos Quintão no shopping Anchieta (o da emissão de passaportes da Polícia Federal, na avenida Francisco Deslandes, 900). Lá está a Cia. Dos Vistos, casa de câmbio e outras empresas ligadas ao turismo, do Quintão, uma das maiores autoridades do setor em Minas e no Rio. Roberto Abras mora lá perto e sempre vai às compras lá. De volta à Rádio Itatiaia depois das eleições (teve 3,205 votos para vereador, mas não foi eleito), ele disse que fica no ar até o fim do Campeonato Brasileiro, mas não sabe se continuará trabalhando em 2017.

Curtir a vida

Com boas aposentadorias, de bem com a vida, curtindo filhos e netos, Abras quer agora curtir o momento e disse que vai viajar muito, agora apenas a passeio, já que viajou durante a vida toda, mas cobrindo futebol – o Galo, especialmente. Também não descarta continuar trabalhando, como comentarista ou mesmo repórter, já que a Itatiaia quer que ele continue em atividade. Por enquanto, passará uma temporada com a mulher Sônia no apartamento que eles têm na praia do Morro, em Guarapari, e decidir o futuro, “sem pressa”, como ele diz.

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