CHICO MAIA

Nas horas finais, nenhuma catástrofe prevista está se confirmando

Redação O Tempo


Publicado em 20 de agosto de 2016 | 03:00
 
 
 
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Tudo correndo melhor do que o previsto nas primeiras Olimpíadas na América do Sul. Nem zika vírus, nem atentados e muito menos gringos sendo mortos aos montes no Rio de Janeiro ou em qualquer outro lugar do Brasil onde houve alguma competição.

Ao contrário, foram estrangeiros os responsáveis pelos maiores escândalos, que viraram manchetes da mídia mundial. Os nadadores moleques dos Estados Unidos e o presidente do Comitê Olímpico Irlandês, chefe da máfia da venda de ingressos, preso pela polícia do Rio. A mesma polícia que prendeu mafiosos da mesma laia durante a Copa de 2014, por crimes semelhantes.

Que assim seja até o fim dos Jogos Olímpicos, amanhã, e depois, nas Paraolimpíadas, que começam no próximo dia 7. E quem nos dera se a segurança toda, até em excesso, que tivemos nestes dias fosse para sempre, no país inteiro. Mas essa é uma outra questão, mais séria, e que os governantes do passado e do presente não cuidam como deveriam.

Dentro da nossa pobreza histórica na área, o desempenho dos atletas brasileiros está sendo satisfatório. Com as péssimas condições de treinos que a maioria tem, são todos dignos de aplausos.

Uso político

Dói é ouvir na “Voz do Brasil” diariamente o governo fazendo propaganda mentirosa do apoio “fantástico” que dá aos medalhistas, através de bolsas esmolas, que servem como paliativos a cada ciclo olímpico. Alguns atletas são obrigados inclusive a dar depoimentos elogiando estes programas de “apoio”, que são usados na propaganda oficial e que será utilizada futuramente para angariar votos.

Futuro incerto

A seleção feminina não conseguiu ficar nem com a medalha de bronze, mas fez bonito em todos os jogos. A realidade nua e crua é que sempre teremos boas seleções, porque, isoladamente, temos muitas mulheres de grande talento. Mas o futebol feminino dificilmente se consolidará no Brasil enquanto não tivermos campeonatos regionais e nacional para ajudar a desenvolver e divulgar a modalidade.

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