No Atlético, o nome mais falado até agora foi o de Marlone, um jogador apenas razoável, que, de repente, foi transformado em estrela de “primeira grandeza”, que resolveria todos os problemas do Galo.
O leitor Pablo de Oliveira emitiu uma opinião interessante: “… investir 3 milhões de euros no Marlone? … por que não pega esse dinheiro e investe no Willian Pottker que tem só 23 anos, e foi artilheiro do campeonato esse ano junto com o Fred. Joga muito mais que o Marlone e com potencial de ganhos em venda futura enorme”… Verdade!
Diferentemente dos anos anteriores, Atlético e Cruzeiro não têm que fazer tantas contratações visando a próxima temporada.
Ambos têm uma boa base para entrar em 2017 com times competitivos. Têm que fazer as famosas aquisições “pontuais”, para determinadas posições.
O Galo precisa baixar a idade média da equipe, por isso me surpreendeu quando saiu a especulação de que o zagueiro Bruno Rodrigo, ex-Cruzeiro, estaria sendo contratado. A defesa é o ponto fraco do time já por dois anos consecutivos e, certamente, deverá ser a preocupação prioritária do técnico Roger.
Faltam laterais. No Cruzeiro, a carência maior está nas laterais, já que jogadores como Robinho, Sóbis e Ábila chegaram e corresponderam às expectativas, melhorando muito o meio-campo e o ataque. Mano Menezes precisará de poucas contratações para arrumar a casa, apesar da desconfiança que ficou em relação do elenco devido à campanha ruim durante a maior parte do ano.
Dificuldade maior. O América tem missão mais difícil, pois precisa montar um time quase todo, sem muitos recursos. Menos mal que o técnico Enderson Moreira foi mantido e conhece bem a base do clube, onde poderá buscar eventuais “reforços”. A presença de Ricardo Drubsky como diretor de futebol também será um ingrediente facilitador, já que ele sabe onde garimpar jogadores em clubes.
Regionais. Os primeiros meses do ano são para os estaduais, que dão preguiça, pois não têm nada novo. Os clubes do interior não utilizam atletas de suas bases. Por medo de serem rebaixados, recorrem a veteranos que já rodaram por vários times. Até os anos 1980, ao fim dos estaduais, os grandes clubes contratavam vários jogadores que apareciam bem nos times do interior, que os formavam.
Comandantes. Outro ponto positivo do futebol mineiro com vistas à próxima temporada é que os três times da capital estão com as suas comissões técnicas definidas, já trabalhando na montagem dos times. Uma expectativa especial em torno do técnico Roger Machado, que fará o seu primeiro trabalho fora do Grêmio.