CHICO MAIA

Um outro campeonato

Redação O Tempo


Publicado em 07 de julho de 2016 | 03:00
 
 
 
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Nada de síndrome de perseguição ou teoria conspiratória, mas a história registra erros absurdos principalmente contra mineiros e gaúchos que resultaram em títulos para cariocas e paulistas.

Desde o início, há reclamações contra as arbitragens do Brasileiro, mas elas se intensificaram a partir da décima rodada, duras, de forma oficial.

O Cruzeiro foi o primeiro mineiro a ir à CBF; o Atlético foi lá ontem, depois que o São Paulo tentou até anular o jogo dele contra a Ponte Preta por causa da expulsão do lateral Matheus, na derrota por 1 a 0, em Campinas.

Depois de dar o cartão amarelo, o árbitro viu o estrago feito na vítima da falta, ouviu um auxiliar e resolveu mudar, dando o vermelho.

Querer anular jogo por causa disso é uma insanidade, mas a ideia ganhou muita força da imprensa paulista, que se esqueceu que o árbitro em questão, Vinícius Furlan, tem polêmica parecida em seu currículo. Ano passado, num clássico Palmeiras 1 x 0 Santos, pelo Paulistão, ele também voltou atrás em uma decisão tomada.

Mas o São Paulo não saiu de mãos abanando e conseguiu, pelo menos, a suspensão temporária do juiz, que vai para a “reciclagem”, segundo o comando da arbitragem da CBF.

Muro das lamentações. Quase todos os clubes já foram à CBF chiar contra apitadores e auxiliares. É uma forma de pressão, oficial, que afeta mais ou menos aos árbitros, dependendo da experiência e da personalidade do pressionado. Neste mundo de suspeição que é o futebol brasileiro e o próprio Brasil, é bom não cochilar. Erros de arbitragem ocorrem no mundo inteiro, diariamente.

Bom cabrito. No Brasil, sabemos que “bom cabrito é o que mais berra”, como diz o Edu Lobo. Atlético, Cruzeiro e América que não durmam no ponto e também fustiguem a CBF, porque este jogo de bastidores é real, perigoso e costuma beneficiar os clubes mais fortes midiaticamente, ou seja, a turma do Rio e de
São Paulo. Essa “vitória” do São Paulo no afastamento do Furlan não é pouca coisa como pode parecer.

Tânia Mara. Hoje, às 19h, Missa de Sétimo Dia da jornalista Tânia Mara, na Igreja Dom Bosco, no bairro Dom Bosco. Como dói escrever esta nota. Uma das pioneiras do mundo feminino a conquistar espaço na imprensa esportiva brasileira, com atuação marcante na Radio Alvorada FM. Passou os últimos 16 anos acamada, vítima de esclerose múltipla.

Tem padrinhos. Furlan é um árbitro de prestígio, tanto no mundo paulista, prestigiado no quadro da FPF, quanto na CBF, sempre escalado nas séries A e B, como apitador ou quarto árbitro. Professor de educação física, tem também prestígio político, nomeado secretário municipal de Esportes em Santa Barbara d’Oeste (SP), sua terra. Também já ocupou o cargo de coordenador de Esportes no Grupo Vicunha, por 13 anos.

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