Os R$ 43 milhões que os ministérios da Defesa e do Esporte investem por ano no projeto de apoio a atletas olímpicos são uma mixaria perto, por exemplo, dos R$ 182 milhões devolvidos por um gerente da Petrobras, Pedro Barusco, apanhado pela Lava Jato. Uma iniciativa que deu certo e que deveria ser estendida ao país inteiro, inclusive na formação dos atletas desde a idade mirim, através escolas e Praças de Esporte que ainda resistem Brasil afora.
Dos 11 medalhistas do país no Rio, até agora, somente o ginasta Diego Hypolito e o canoísta Isaquias Queiroz não disputam como representantes das Forças Armadas. Os demais estão no projeto, que apoia 670 atletas com R$ 3.200 mensais, além de plano de saúde e odontológico.
Criado em 2008, o projeto tinha dois objetivos: apoiar a preparação para as Olimpíadas de Pequim e reforçar a equipe das Forças Armadas nos Jogos Mundiais Militares, também no Rio, em 2011.
A maioria dos atletas participantes não tem rotina militar, nem frequenta quartéis. Usam as ótimas instalações físicas depois de passar por um treinamento básico de 45 dias sobre a hierarquia, aprender a marchar e a prestar continência. Porém, não são obrigados a fazer o gesto no pódio.
"De mal"
A novidade nos 6 a 0 da seleção brasileira sobre Honduras foi a manutenção do beicinho do Neymar contra o Galvão Bueno. O atacante não quis dar entrevista à Globo no intervalo da partida, certamente ainda magoado com as críticas do locutor ao comportamento dele em campo, depois do empate com o Iraque, em Brasília. O gol dele, relâmpago, com o jogo em seu primeiro lance, facilitou a goleada da seleção, ontem.
Vexames
Aliás, foi também em Brasília que a Argentina deu vexame, empatou com este mesmo time de Honduras e ficou de fora das quartas de final das Olimpíadas. Com o mesmo número de pontos, quatro, os hermanos foram eliminados no saldo de gols, deixando a segunda vaga do grupo para esta seleção fraca. Os hondurenhos não ofereceram resistência ao time comandado por Rogério Micale, que fez o dever de casa.