O Festival Internacional de Cinema de Veneza chega à sua 82ª edição , começa hoje dia 27 de agosto e vai até 6 de setembro de 2025, tendo lugar no tradicional Lido de Veneza. Reconhecido como o festival de cinema mais antigo do mundo, criado em 1932, o evento mantém sua relevância como vitrine para lançamentos de grandes cineastas e termômetro para a temporada de prêmios, incluindo o Oscar.
Esse ano grandes estreias estão previstas, como o aguardado Frankenstein de Guillermo del Toro e Jay Kelly, novo trabalho de Noah Baumbach, estrelado por George Clooney e Adam Sandler. Mas, o que mais podemos esperar do Festival? Confira:
Abertura com Paolo Sorrentino
A cerimônia de abertura terá a estreia mundial de La Grazia, novo filme de Paolo Sorrentino, protagonizado por Toni Servillo e Anna Ferzetti. Já o encerramento será com Dog 51, do francês Cédric Jimenez.
O evento também vai prestar homenagens: o Leão de Ouro honorário será entregue ao diretor alemão Werner Herzog e à atriz norte-americana Kim Novak. Outro destaque será o prêmio especial Glory to the Filmmaker, que ficará com o artista e cineasta Julian Schnabel.
Júri e apresentação
O cineasta norte-americano Alexander Payne (Sideways, Nebraska) será o presidente do júri da competição principal. As noites de abertura e encerramento ficarão sob o comando da atriz e comediante italiana Emanuela Fanelli, presença frequente no cinema e na TV do país.
Filmes mais aguardados
A seleção oficial contará com 21 títulos disputando o Leão de Ouro. Entre os mais aguardados estão:
- Frankenstein, de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac e Jacob Elordi;
- Bugonia, mais uma parceria de Yorgos Lanthimos e Emma Stone;
- Jay Kelly, novo trabalho de Noah Baumbach, estrelado por George Clooney e Adam Sandler;
- A House of Dynamite, de Kathryn Bigelow, com Idris Elba e Rebecca Ferguson.
Além deles, também marcam presença filmes de Olivier Assayas (The Wizard of the Kremlin), François Ozon (The Stranger), Jim Jarmusch, Park Chan-wook, Pietro Marcello e Ildikó Enyedi (Silent Friend).
Outro destaque é o documentário The Voice of Hind Rajab, da tunisiana Kaouther Ben Hania, que aborda a morte de uma menina palestina em Gaza – um dos filmes que deve atrair atenção pelo peso político.
Outras seções e clássicos restaurados
Na mostra Orizzonti, dedicada a novas tendências, a abertura será com Mother, de Teona Mitevska. Já entre os clássicos restaurados, o destaque é Do Bigha Zamin (1953), de Bimal Roy, exibido em cópia 4K.
O festival também realiza iniciativas de mercado, como o Venice Production Bridge, que promove encontros entre cineastas e produtores. Um dos programas mais relevantes será o Final Cut in Venice, voltado para projetos em pós-produção da África e do Oriente Médio.
Entre glamour e tensões políticas
Além do glamour do tapete vermelho, o festival também será palco de manifestações políticas. Grupos como o Venice4Palestine anunciaram protestos e pedem maior visibilidade para narrativas palestinas no cinema, em meio à guerra em Gaza.
Por que vale ficar de olho
O Festival de Veneza 2025 reforça seu papel de ponte entre o cinema autoral e as grandes produções de Hollywood. Reúne nomes consagrados, apostas inovadoras e obras com forte carga política e social.
Entre homenagens a ícones do cinema, estreias que já despontam como candidatas ao Oscar e a tradicional passarela de moda no tapete vermelho, o Lido promete ser, mais uma vez, o epicentro das atenções do cinema mundial.
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