Dolce Vita

Relendo e revivendo

Redação O Tempo

Por Paulo Navarro
Publicado em 20 de janeiro de 2018 | 04:00
 
 
 
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Lança-perfume

Em BH, o glamour morava nos salões do Automóvel Clube e no Iate Clube, espaços orquestrados pelo colunista Eduardo Couri.

Eduardo Couri (1935- 1996), que, como seu contemporâneo Zózimo, era colunista social e morreu na mesma Miami, um ano antes.

Nos templos de Couri, expoentes da “alta” exibiam seus “dotes” artísticos no palco. Eram os emergentes, com origens interioranas, rurais.

Daí o “desastre” dos dublês de empresários, verdadeiros bobos da corte; o famigerado “Showçaite”. Provinciano também era seu “Glamour-Girl”, versão urbana dos bailes de debutantes do interior.

Para “bajular” o colunista e o júri, os pais das “lolitas” e os emergentes abriam suas casas para festejos. O atalho eram as “promoters”.

Como no Rio e São Paulo, por aqui, com raras exceções, as festas abundantes acabaram.

Segundo o colega Amaury Jr, a culpa é da situação econômica: “Acabou-se o que era doce. A alta sociedade levou um choque de curto circuito e perdeu o rumo. Festejar é ofensa. É ostentação nessa economia bagunçada”.

Moral da história ou resumo da ópera bufa: por trás das aparências, do glamour, existe ralação, comprometimento com o leitor.

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