Não é à toa que a sabedoria popular ensina: “tudo que é bom dura pouco”, “o que é raro é caro”, “amor sincero custa caro”. Não à toa cantava Vinicius de Moraes: “A gente mal nasce começa a morrer”. Por isso a Copa do Mundo é tão boa e cativante. Porque é rara, se acontecesse todo ano, a cada dois anos, não teria a mesma graça, a mesma dificuldade, os mesmos obstáculos, as mesmas superações.
Saindo de cena
Por isso, como uma Copa do Mundo, a vida é tão boa, louca e breve. Por isso a vida é inestimável, sedutora, valiosa. Porque a vida não acontece de quatro em quatro anos, a vida acontece todos os dias, todos os segundos. Mas o tempo não para, é curto e não para de passar.
Saindo rápido
Só os vampiros sabem como é chato ser imortal num mundo em que tudo passa, acaba. Viver eternamente seria um castigo, mas ninguém quer envelhecer, nem morrer. “Vida louca, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve”. Me leve não de leve, mas a mil</CW>.
Saída para sempre
E voltando a Vinicius de Moraes, o poeta aconselhou: “Cuidado, companheiro! A vida é pra valer e não se engane não, tem uma só. Duas mesmo que é bom, ninguém vai me dizer que tem, sem provar muito bem provado, com certidão passada em cartório do céu e assinado embaixo: Deus. E com firma reconhecida! A vida não é brincadeira, amigo. A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. E Gilberto Gil completou: “O melhor lugar do mundo é aqui. E agora”. Férias enquanto podemos!
Saindo mais tarde
Sim, as férias estão aí! Sim, férias que são boas como a vida e a Copa do Mundo, porque passam rápido, por isso devem ser bem vividas, aproveitadas. Não tem pão, come brioche! Não tem verão na Croácia ou em Paris, passe as férias no Brasil, em seu Estado, sua cidade, sua casa. O importante é relaxar, desligar. Para ligar e continuar o show da vida.
Direto do mestre
Com o publicitário Washington Olivetto podemos gastar e renovar o clichê de gênio. Mesmo que pareça meio aposentado, deixou um legado e muita aula de anatomia em criatividade. Criou “algumas das mais marcantes, emocionantes e divertidas campanhas da propaganda nacional”.
Direto e reto
No livro, “Direto de Washington – W. Olivetto por Ele Mesmo”, o mestre conta histórias sobre ele mesmo, o criador de criaturas e aventuras. “Ganhou o primeiro Leão de Ouro do Brasil em Cannes, conquistou todos os prêmios da publicidade mundial, entrou para o ‘Guinness Book of Records’, inspirou personagem de novela, virou letra de músicas de sucesso, nome de pratos em restaurantes famosos”.
Direto e inesquecível
Virou selo de correio e vice-presidente do Corinthians. Uma das pérolas de “Direto de Washington”, está no comentário sobre o lendário comercial que fez para a Valisère, com o slogan “o primeiro sutiã a gente nunca esquece”. Diz ele que, nos dias de hoje, seria um crime.
Direto e torto
Com o “politicamente correto e a grande quantidade de ignorantes e covardes protegidos pelo anonimato nas redes sociais, seria enxovalhado como incentivador da pedofilia. Isso, apesar de refletir um sentimento que não é de ontem nem de hoje: é de sempre”. Para o mestre (DPZ, W/GGK e W/Brasil), certas coisas não mudam, o que muda é o contexto ou a tecnologia: “Quando eu era menino, as redes sociais já existiam. Eram formadas por senhoras que futricavam entre si sobre a filha da vizinha”.