Volta às aulas
Na coluna de hoje, recapitulamos nossa “volta às aulas” na paisagem urbana de Belo Horizonte. Em tela, nossa gente bronzeada voltando à labuta e curtindo momentos finais de pernas pro ar. O trânsito, ainda ameno; não ardem ouvidos e neurônios. Com o horário de verão vivo, tardes ensolaradas e esticadas seduzem chegados para mesas de bares. Entre um chope gelado, uma taça de champa, de spritz, de gim tônica, a bebida da moda, a confraternização é inevitável. Prazer imensurável em meio à leitura de selfies clicados com amores passageiros. É o sexo esportivo que passa como o verão. Atrás dos modelitos casuais e despojados compostos por rasteirinhas, tecidos fluidos e bodies usados com saias longas, as belas expõem suas marquinhas de biquíni semitatuadas nos Trancosos da vida. Se não nos bares, cafés, pâtisseries e sorveterias, o desfile das descoladas passa, preferencialmente, pela avenida Niemayer, na Vila da Serra, e é de tirar fôlego dos tiozinhos.
Cheias de charme
Lourdes com suas vitrines também é foco de belas e finas colocando a prosa em dia. Flanando aqui ou acolá, para ver e serem vistas, o estilo das moçoilas varia: do blasé ao modelito antenado e focado, vale tudo, até mesmo para o padrão “perua com lábios e cílios transbordando”. Isso apesar da estação não recomendar ostentações de roupas, maquiagens. De excessos bastam os “tarlinhas”, corpo de Tarzan e cabeça de galinha, ou mesmo as suburbanas cariocas, carinhosamente com seus bumbuns cantados em pagodes.
Paisagem urbana
De cidades portuárias, bacana é constatar por aqui, como por lá, que os trajes esportivos ganham cada dia mais as ruas e, sem constrangimento, são vistos como traje de homens e mulheres em bares, supermercados, drogarias e bancos. Bem, amanhã, outro dia, luz do sol, luz do dia. Em meio ao caos corriqueiro de nosso trânsito de volta às aulas, vamos lá: mulheres retornando à academia para queimar as gordurinhas, retocando o botox, levando as crianças à escola. Isso além de, como os machos, terem que arregaçar as mangas para botar grana em casa. Salve as mulheres em todas as estações!
Cassinos: bola da vez
Voltamos também a abordar a discussão da legalização de cassinos no Brasil, questão que levantamos na última semana no caderno Magazine, do mesmo O TEMPO. Nele, lembrávamos que, no momento em que a equipe do governo Bolsonaro pauta a questão e passa a mapear áreas para implantação do que denominam como “Resorts Integrados”, Minas não pode se calar sobre potencialidades de suas Gerais. Pontuávamos que, dentro delas, caberia mais do que lembranças saudosistas de suntuosas edificações passadas erguidas no Circuito das Águas e na Pampulha. Também que atentar para potencialização desses patrimônios turísticos seria uma significante alavanca de impulsionamento de novos empregos e geração de renda para um estado literalmente falido.
Voz de Minas
À coluna, o governador disse ser favorável à legalização dos cassinos desde que haja a escolha de locais específicos para a montagem destes. Lembrando que, atualmente, quem gosta de jogar vai para fora do Brasil, o governador também acredita que a implantação dos cassinos incrementaria a arrecadação do Estado. Já o ministro Marcelo Álvaro Antônio diz que está empenhado nessa discussão. Sobre essa demanda, o presidente Bolsonaro também não tem falado muito, isso porque não fechou totalmente o projeto. Há quem diga que não quer gerar polêmica com o eleitorado evangélico antes da hora.
Antídoto contra miséria
Neste intuito, vale aplaudir o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que saiu na frente em defesa de sua cidade, pleiteando a instalação de um grande empreendimento na área portuária. Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella revelou no final do último ano ao jornal “O Globo” que é contra o vício, mas também contra a miséria, o desemprego e a estagnação da nossa economia: “Ver a juventude terminando o curso escolar e não encontrando lugar para trabalhar está acima de crenças e justifica qualquer antídoto”.
No Grand Palais, em Paris, a cantora Celine Dion na primeira fila do desfile do estilista Alexandre Vauthier, vestindo look exclusivo bordado com 150 mil cristais Swarovski.
Cheia de charme, a bela Ana Paula Marques cantando e encantando, agora, no Empório Paraíso.
Lança-perfume
Crivella defendeu o projeto e se predispôs a ajudar o presidente Bolsonaro a aprovar no Congresso uma lei que permita abertura de um empreendimento projetado pelo bilionário americano Sheldon Adelson.
Edificação esta que, segundo o prefeito, seria construída na área do Porto nos moldes do que o magnata construiu em Singapura, com hotéis, centro de convenção, um grande shopping e 5% reservado ao cassino.
Na esteira do empreendimento, blindagem contra associações do negócio com a bandidagem e vícios descontrolado de usuários.
“Se não fizermos aqui, as pessoas vão continuar indo gastar nos EUA ou em outro lugar, como o Uruguai", enfatizou Crivella.
Como ele, empresários cariocas se mobilizaram e correram para defender e viabilizar empreendimentos similares, sendo que, nas negociações mais avançadas com o governo federal, está a construção de um cassino num resort local.
Ideia que merece aplausos, uma vez que por várias vezes pontuamos que a frequência até mesmo de habitués locais é cada vez mais pífia e curta.
Oportuno lembrar que, no grupo dos 20 países mais ricos do mundo, 93% têm os jogos legalizados. Não podemos perder o bonde da história!
E já que o assunto é verão, a coluna alerta: cuidado com o limão na cerveja. Acontece que o ácido cítrico do limão cortado previamente em ação com os conservantes estabilizantes excessivos presentes na cerveja são um paraíso para microrganismos, se tornando um veneno letal. O resultado é a produção de uma toxina altamente nociva ao nosso organismo, o que pode levar à morte.
A super Ana Paula Marques e Will Motta vão animar, semanalmente, as noites do Empório Paraíso, na Vila da Serra.
Ela, depois de uma temporada de dez anos em Nova York cantando bossa nova, jazz e blues, e ele, tocando com artistas renomados no Brasil inteiro, prometem cantar e encantar.