A pesquisa DATATEMPO que revela os serviços com mais problemas em Belo Horizonte vem em boa hora: próximo da campanha eleitoral no município. Saúde, trânsito e segurança lideram a lista.
Dados como os coletados pelo levantamento constituem aquilo que deve ser levado em conta nos debates, tanto no Executivo quanto no Legislativo. Esse é o mundo ideal. Na prática, as campanhas têm sido marcadas por discursos vazios, cujo único intuito é o de viralizar nas redes sociais.
As áreas que mais preocupam a população são problemas objetivos para os quais prefeitos e vereadores devem apresentar soluções factíveis. É para apresentar essas propostas que os partidos vão dispor de um Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões em 2024 em todo o Brasil – o maior valor da história e que sai dos cofres públicos.
A saúde assume a liderança da pesquisa (29,3%) muito em razão do pico de casos de arboviroses no período em que as entrevistas foram feitas – de 26 a 30 de março. Contudo, o serviço é alvo constante de reclamações, principalmente após a pandemia de Covid-19.
Entre os desafios na saúde está o atendimento psiquiátrico. A procura pelos Centros de Referência em Saúde Mental (Cersams), por exemplo, cresceu 106% em 2022, na comparação com 2019, como informou matéria deste jornal em julho do ano passado. A ampliação do número de psiquiatras nas unidades de saúde é urgente para amenizar o sofrimento psíquico da população que precisa.
Ocupando o segundo lugar na pesquisa, o serviço de mobilidade na capital está parado no tempo. O principal desafio na área é a integração com o sistema de mobilidade das outras cidades da região metropolitana. Mas esse objetivo se torna complexo quando se leva em conta que nem o básico tem sido feito.
A solução para os problemas apresentados pela população de BH passa pela qualificação dos representantes, algo que é possível por meio do voto consciente e livre.