Os jornais de hoje vão dar a notícia de que uma das empreiteiras investigadas pela Lava Jato subornava funcionários do governo para ter acesso a documentos sigilosos que favorecessem o grupo. A informação veio à tona nos depoimentos de dois delatores.
A troco de R$ 15 mil por mês, um funcionário público repassava para a empreiteira atas de dois órgãos do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Outro, funcionário da Câmara dos Deputados, entregou documentos sigilosos da CPI da Petrobras.
Os documentos lhe foram repassados por um deputado pela Bahia, que recebeu doações da construtora para suas campanhas em 2006, 2010 e 2014. Na Camex, a secretária executiva do órgão teria recebido da empresa US$ 100 mil em apenas um ano.
O noticiário também mostrou que a empreiteira não se limitava a financiar candidatos a presidente da República, governadores, prefeitos de capitais, senadores e deputados, mas também prefeitos do interior que poderiam entregar-lhe obras de saneamento.
Por enquanto, a opinião pública está tomando conhecimento, em detalhes, das operações de uma das construtoras. Mas ela já sabe que essa sistemática era generalizada entre várias empresas, que deitavam seus tentáculos sobre o Estado, sugando-o.
De dois em dois anos, o eleitorado é convocado para exercer seu direito de voto, escolhendo seus dirigentes e representantes. Isso é proclamado como o momento mais alto da democracia, só que agora sabe-se que quem os elegia de fato eram as empresas.
Para isso, elas movimentavam uma montanha de dinheiro tão grande que até sua operação exigia inteligência estratégica. E, apesar desse volume, nenhum órgão federal foi capaz de ver qualquer irregularidade, como observou um de nossos colunistas.
Foi o acaso que veio nos revelar quanto o crime estava organizado no Brasil.
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