A ausência de Curitiba e Barueri, em reunião para definir o ranking da Superliga feminina, foi considerada motivo suficiente para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ignorar os votos dos dois clubes enviados por email. Por mais que a presença fosse o ideal, não validar a opinião de clubes que investem bastante e têm os mesmos direitos dos concorrentes, não me parece uma decisão justa. Foi a não votação dos times que fez a diferença para o resultado final, com vitória de 5 a 4 para manutenção do ranking. A regra limita que cada participante do torneio tenha, no máximo, duas atletas de pontuação máxima (7 pontos). 

Pelo que apurei, a reunião foi marcada com antecedência, ainda no dia 1º de fevereiro. Penso em que os times poderiam, mediante uma decisão tão importante, levar representantes e evitar contratempos como os que aconteceram. Não sei ao certo o motivo para Curitiba e Barueri não estarem presentes, mas a ausência foi a deixa para que a CBV seguisse com o ranking. 

A falta de clareza também influenciou na decisão. Não foi informado para os clubes que os votos por email não seriam computados. A CBV poderia deixar isso claro antes da reunião, até para os clubes se programarem para marcar presença. A dúvida ficou no ar e o preço pago foi alto. 

Pra mim, o ranking já deu. E custaria muito pouco uma edição da Superliga sem ele para analisar como o mercado funcionaria. Acredito que os times com maior investimento seguiriam mais fortes, sem grande influência no contexto geral de classificação e equilíbrio. Além disso, o número de atletas da seleção atuando na Superliga seria maior, sem dúvidas, com espaço para todas em vários times.

Outro questionamento que faço é sobre o critério subjetivo para uma atleta sete pontos. A ponta e oposta Tifanny é uma boa jogadora, mas passa longe de ser decisiva a ponta de ter a maior pontuação. Também sou a favor de mais uma peça estrangeira em cada time, acho que o nível técnico dos times vai melhorar, mesmo sabendo que algumas brasileiras perderão espaço. 

Curitiba e São Paulo vão correr atrás para que seus votos sejam validados. Não vejo sentido em ignorar os votos pelo simples fato do clube não estar presente na reunião, já que ele é parte integrante do campeonato e passou por todas as situações dos concorrentes para disputar o maior torneio do país. A simples ausência em uma reunião é motivo para não validar a opinião de um time que investe milhares de reais por temporada? A CBV deveria ter um pouco mais de bom senso, mas essa não é a primeira vez que isso acontece.