Na segunda-feira, Messi, Tite e Cebolinha dominaram as pautas. A seleção não foi nota dez, mas deu para o gasto, vá lá. Neymar, pensativo na arquibancada, deve ter se lembrado da frase “o problema de você faltar ao serviço é que o chefe pode notar que você não faz falta”.
O chefe Tite esquivou-se de cumprimentar o presidente e alegou que “não misturava esporte com política”. Deu ruim: pipocaram suas gravações elogiando o Lula no passado. A TV mostrou ainda que Tite não cantou o hino nacional. Aposto que o garoto Adenor Leonardo Bachi cantava no grupo escolar de Caxias do Sul. Depois de grande, confundiu hino nacional com jingle do governo – uma pena.
Na terça, novas emoções do embate entre o Pavão nacional e o gringo Verdevaldo. A gravação exibida pelo último como “bomba” virou traque tardio de São Pedro, já tinha sido prevista pelo primeiro em detalhes. E comemorar todo mundo comemora o que lhe apraz, não é pecado.
Sergio Moro saiu de férias para recarregar as energias. Fez bem. Já pensou a ressaca de ter sido obrigado a manter a paciência e a elegância por horas, diante da inquisição orquestrada pela bandidagem bufando asneiras? “Ou derrubamos o homem ou vamos em cana também” – deve ter sido a palavra de ordem da turma, aliada da revista “Veja”, que deixou de ser Civita, que agora tem grana do André Esteves, que é dono do banco BTG Pactual, que participou de operações tenebrosas denunciadas pela Lava Jato – aquela dor de cabeça que todos querem extinguir. Explicado? Ufa!
Contrariando fofocas, o juiz Moro não foi aos EUA buscar instruções da CIA para vender o Brasil aos imperialistas sanguinários. Na verdade, reuniu-se com o procurador nacional antimáfia e antiterrorismo italiano, Federico Cafiero, logo após a prisão de mafiosos que controlavam quase a metade da droga que circulava pelos nossos portos – e pelas festinhas, baladas e rodinhas descoladas do Brasil. Aliás, se quiserem saber mais sobre o assunto, leiam “Gomorra”, do jornalista Roberto Saviano, e aprendam como a Cosa Nostra, a Camorra, a ‘Ndrangheta e a Sacra Corona Unita fazem amiguinhos em facções criminosas, partidos políticos e até em governos mundo afora.
João Gilberto foi-se embora, levado suavemente por um ventinho. Grande figura. Já Anitta, agora solteira e fervendo os hormônios, avisou que “sai transando com qualquer coisa que cruze o caminho”. Fiquei na dúvida: “qualquer coisa” incluiria itens de limpeza doméstica? Sucata eletrônica? Persianas? Material de construção?
Lá em Brasília, onde transar com qualquer coisa não é novidade, a esquerda votou contra a reforma da Previdência. Um gaiato disparou: “Pudera! as únicas reformas que a esquerda apoiou foram as do sítio de Atibaia e as do triplex do Guarujá!”. Não dá para não rir. E também não dá para entender o que desejam os membros da sinistra. Votaram contra o Plano Real, custaram a assinar a última Constituição, se envolveram com as empreiteiras na maior roubada nacional... Só remando para trás? Ah! Ajuda a gente aí, pô.
Mas teve coisas divertidas, notícias bucólicas na manhã primaveril. Como a do agora famoso galo Maurice, processado judicialmente na França por um vizinho insone e irritado. Um galinho cantando cedinho, lá na roça, até que é gostoso. Mas o desgraçado chantecler solta o gogó rigorosamente a cada 15 minutos – pontualidade suíça.
Finalmente, saíram novas pesquisas sobre a popularidade e credibilidade do governo, do Bolsonaro, do Moro. Agora, todo dia tem uma, virou mania. Já eu acho que os brasileiros aguardam ansiosamente uma sondagem inédita, coisa simples, composta de uma só pergunta: “qual o grau de popularidade e credibilidade dos institutos de pesquisa nacionais?”.