JOÃO VITOR CIRILO

Hora de os grandes jogadores aparecerem

Redação O Tempo


Publicado em 08 de agosto de 2018 | 03:00
 
 
 
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Chegou o grande dia. É para momentos como esses que todos os envolvidos no futebol se preparam, e é inevitável a ansiedade para duelos como o Flamengo x Cruzeiro das 21h45 de hoje, pela Libertadores. Estaremos no Maracanã com a rádio Super Notícia 91,7 FM, dividindo mais essa cobertura ao lado de referências para mim, Osvaldo Reis Pequetito, Artur Moraes, Lélio Gustavo e Hércules Santos: no Super FC, às 12h e às 17h, e na transmissão, a partir das 21h.

O Cruzeiro terá pela frente o time que mais me empolga no momento no futebol brasileiro, vide a atuação na última semana diante do igualmente poderoso Grêmio, em Porto Alegre. Sob o comando de Maurício Barbieri, é uma equipe que trabalha com posse de bola, troca de passes, intensidade e muita qualidade ofensiva.

Evidentemente, a ausência de Lucas Paquetá, suspenso, é um “reforço” importantíssimo para o Cruzeiro. Em minha visão, trata-se do jogador mais preparado dessa nova safra de atletas surgidos aqui. Quase nunca fica fora do time e comprova a importância com números em 2018: sete gols e dez assistências. 

Se não tem Paquetá, a qualidade cai, mas o Fla tentará manter a característica com Jean Lucas ou Arão, ou mudará com Rômulo ou o recém-chegado Piris da Motta. Ainda assim, adversário fortíssimo.

Do lado do Cruzeiro, Lucas Romero é a baixa, e a esperança é que a semana sem jogos para Edilson tenha surtido efeito. Ele não vinha rendendo o seu melhor e precisa ser importante. Mas ter ou não Edílson na direita não é o que fará a diferença para o Cruzeiro. 

Quem precisa fazer a diferença não vem fazendo. É nos grandes jogos que os grandes jogadores devem aparecer. É isso que o Cruzeiro espera de Thiago Neves, em fase ruim, mas que já provou inúmeras vezes que é capaz de decidir, assim como Arrascaeta vem fazendo após a Copa.

No debate entre desempenho x resultado, é evidente a expectativa por um Cruzeiro bem ao estilo de seu treinador, “inteligente” taticamente, sem se lançar totalmente ao ataque e correndo menos riscos. É possível a conquista de um bom resultado, trazendo boa chance para a definição do dia 29. 

Atlético. Aproveito este espaço para falar também do time do Atlético, após o duelo de anteontem contra o Internacional, que acompanhei in loco. Ficou clara a necessidade da presença de um organizador, jogador que poderia ser Cazares, que não foi utilizado nem mesmo após as alterações de Thiago Larghi. Mas a derrota saiu mais uma vez em um instante de desatenção na recomposição defensiva. Não dá.

Falando do comandante, considero injusta a excessiva pressão sobre ele por parte dos torcedores. É evidente que algumas de suas escolhas não deram certo, mas elas pesam menos que as baixas no elenco, seja por vendas ou lesões. Remontar um time com o torneio em andamento não é nada fácil, e, por Larghi estar nessa linha de frente, as críticas serão naturais. Por isso, o discurso de “paciência” é aceitável, ainda que apenas 4 de 15 pontos tenham sido conquistados. Ele já demonstrou merecer confiança.

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