JOÃO VITOR CIRILO

Pesos diferentes em semana parecida

Redação O Tempo


Publicado em 04 de abril de 2018 | 03:00
 
 
 
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Boa parte dos grandes clubes do país se vê em situações semelhantes nesta semana, considerada uma das principais deste primeiro semestre. São jogos importantes por competições de nível mais elevado em meio a finais dos Estaduais, pouco atrativos durante a maior parte do tempo, mas com natural valor no momento decisivo. Com Atlético e Cruzeiro, o cenário é o mesmo, porém, com pressões e importâncias distintas.

Para a Raposa, o peso colocado após o insucesso do fim de semana no clássico de ida da final do Campeonato Mineiro é inegável. E, por esse motivo, eu vejo o duelo contra o Vasco, hoje, às 21h45, no Mineirão, como fundamental não apenas na luta pela classificação em um difícil grupo na Copa Libertadores, mas também no aspecto emocional para o confronto do próximo domingo, às 16h, contra o maior rival, quando será definido o campeão mineiro da temporada.

Uma “resposta” positiva imediata, com uma atuação convincente diante do cruz-maltino nesta noite, certamente auxiliará na redução da cobrança, que sempre aparece com maior frequência após fracassos em instantes de definição. Outro resultado ruim pode elevar ainda mais o peso sobre os jogadores.

Entretanto, como o próprio Wagner, meia, ex-cruzeirense e hoje no Vasco, avaliou ontem em coletiva em São Januário, é evidente que a atuação abaixo do esperado contra o Galo abala, mas não é determinante no desempenho que será apresentado no Gigante da Pampulha, mesmo com o alerta ligado.

O Cruzeiro é totalmente capaz de uma grande atuação contra um Vasco que vem empolgado por viradas importantes contra rivais locais, incluindo a do último fim de semana, pela decisão do Carioca. A defesa tem deixado a desejar, apesar do ótimo goleiro Martín Silva, e o sistema ofensivo celeste deve se sobressair. Por outro lado, o ataque do Vasco tem regulado e ganha o reforço do ótimo Paulinho, recuperado de um incômodo muscular.

Para o Atlético, ainda que também tenha um jogo que até poderia ser tratado como mais decisivo, por ser um mata-mata, o clima é mais tranquilo, e a confiança, como dissemos na última coluna neste espaço, já vinha aumentando, mesmo antes da importante vitória do fim de semana. Além disso, mesmo que o surpreendente Ferroviário mereça todo o respeito, a supremacia técnica com relação ao adversário desta quarta fase da Copa do Brasil é grande. O papel alvinegro é a construção de boa vantagem a ser levada para o duelo definitivo, no dia 18, em Fortaleza.

Mesmo assim, quando da definição do adversário dessa etapa no sorteio, evitei usar a frase, que muitos utilizaram, de que o Galo “deu sorte”. O histórico recente mostrou classificações complicadas diante de adversários de menor nível, e toda atenção é válida. Mas é certo que a tendência natural é de que, com a manutenção do jogo recentemente apresentado, venha uma classificação sem sustos. A cautela também vale para o fim de semana, tendo em vista que perder por mais de um gol de diferença, fora de casa, deixa o título com o Cruzeiro. Certo é que teremos os cinco dias mais interessantes do ano a partir de hoje.

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