José Reis Chaves

Entendendo da fé raciocinada cristã espírita

espiritismo é considerado o Consolador prometido por Jesus


Publicado em 12 de julho de 2021 | 03:00
 
 
 
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Inspirou-me para fazer este artigo o comentário de um leitor da minha coluna “Fomos criados de graça, mas a salvação, não”, de 3.5.2021, em O TEMPO. Tal comentarista afirmou que eu deveria criar uma nova religião da razão e deixar o cristianismo em paz. Nem tudo que eu digo disse Kardec, mas está de acordo com ele e com a Bíblia.

Essa religião da razão ou de fé raciocinada já existe e é cristã, ou seja, o espiritismo, embora haja teólogos contrários ao que digo, o que é uma questão de opinião que até já venceu... Não há, pois, necessidade de se criar outra! Aliás, o espiritismo é também filosofia e ciência. E ele é religião só no sentido de moral, aquela do Evangelho do maior de todos os grandes mestres que já se encarnaram em nosso planeta Terra, isto é, Jesus Cristo. Kardec, “o bom senso encarnado”, foi muito feliz em dizer o que é o espiritismo, em sentido de religião, e sobre quem é espírita, afirmando que espírita é aquele que se esforça para praticar a moral e o bem. E, para completar, disse a sua famosa frase: “Fora da caridade, não há salvação”, a qual sintetiza tudo o que ensina o cristianismo.

É por isso e outros fatores de peso que o espiritismo é considerado o Consolador prometido por Jesus, que disse que o Consolador nos faria lembrar de “todas” as palavras de Jesus.

Há uma tradição que diz que o Consolador veio em Pentecostes. Porém, Pentecostes nos lembra simplesmente os fenômenos mediúnicos ou pneumáticos envolvendo Jesus e seus apóstolos, não nos lembra “todas” as palavras proferidas por Jesus como Ele prometeu. Aliás, nem uma só palavra sequer do que Ele disse Pentecostes nos lembra. Se elas foram ditas, ficaram no anonimato, pois não aparece no texto bíblico uma só palavra sequer de “todas” as ditas por Jesus em suas pregações. Ademais, essa promessa sobre o Consolador, com a nossa lembrança de “todas” as palavras de Jesus, foi também para todos nós, seus discípulos de todos os tempos, e não só para seus apóstolos. E, se essa lembrança de “todas” as palavras de Jesus não aconteceu com o Pentecostes, como vimos, é realmente a doutrina espírita o Consolador, como ela própria nos ensina, pois, de fato, ela é que nos lembra fartamente e, de modo racional e convincente, “todas” as palavras do excelso Mestre.

Ademais, Pentecostes, além de não nos lembrar “todas” as palavras de Jesus, não nos lembra uma sequer, pois não há registro bíblico nenhum do que teria sido dito nesse fenômeno mediúnico bíblico, o que nos faz crer, mais ainda, que a doutrina dos espíritos é mesmo o Consolador prometido, ou alguém diria que Jesus não sabia o que disse ou que Ele teria mentido para nós a respeito do Consolador?

PS: Com este colunista: “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior, e sua tradução do Novo Testamento completo, Ed. Chico Xavier, (31) 3635-2585 Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br

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