José Reis Chaves

Tomada da Bastilha e vandalismo de Brasília

Violência gera mais violência e, geralmente, se inicia com palavras

Por José Reis Chaves
Publicado em 16 de janeiro de 2023 | 05:00
 
 
 
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Primeiramente, quero dizer que sou totalmente contrário às barbáries criminosas acontecidas em Brasília e a um golpe de Estado tirando do poder quem foi eleito Presidente pelas últimas eleições, como querem muitos insatisfeitos com o seu resultado.

O título desta coluna: “Tomada da Bastilha e vandalismo de Brasília” lembra os crimes de Brasília, mas os dois episódios são muito diferentes.

Diferença entre vandalismo e terrorismo

Alguns políticos e a mídia têm taxado o vandalismo criminoso de Brasília de terrorismo. Mas terrorismo visa fazer vítimas humanas desconhecidas e com o número maior possível de mortos (como o caso do caminhão carregado de combustível encontrado perto do Aeroporto de Brasília, mas que, felizmente, não explodiu, dias antes dos lamentáveis e bárbaros acontecimentos do DF).

Inclusive, às vezes, um ato terrorista custa a vida do próprio autor do ato terrorista, como no caso de um homem bomba. E, graças a Deus, houve muitos prejuízos materiais, mas não morreu ninguém, como disse o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança. E eu parabenizo os militares que estavam armados enfrentando a multidão enfurecida e, no entanto, sem darem um tiro...

Desarmonias

A mídia televisiva do Brasil tem uma certa culpa nos lamentáveis acontecimentos, pois, ela vinha fazendo total silêncio do que se falava sobre o que estava prestes a acontecer, dando a impressão para o Brasil e o mundo de que tudo aqui estava na mais santa paz, quando as coisas aqui estavam é pegando fogo...E assim, as forças de segurança de Brasília foram pegas de surpresa e pouco puderam fazer para defendê-la.

E as desarmonias entre os Poderes vão terminar com tudo o que aconteceu e acontece? Não sabemos. Recomendamos a todos os elementos dos Três Poderes que, como se diz, evitem pôr mais lenha na fogueira, em suas desavenças...

Comedimento

Que eles sejam comedidos no que falam e fazem, para que os ânimos não sejam mais acirrados, lembrando que a violência gera mais violência e que, geralmente, se inicia com palavras. E poderosos dos Três Poderes da República, nesses momentos difíceis, podem se tornar tanto famosos como famigerados na história pelo seu modo de agir.

Ademais, devido à grande extensão territorial do Brasil e ao tamanho da nossa população, nosso país corre o risco de se transformar numa nova Síria, com intervenções das grandes potências militares e até de a Terceira Guerra Mundial ter seu início aqui. Não sou profeta e nem quero dar uma de sê-lo. Trata-se de apenas imaginação de quem escreve, mas com sinceridade.

E repetimos que os episódios criminosos da capital do Brasil lembram mesmo a tomada da Bastilha em Paris, mas que ambos são muito diferentes...

PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior e a tradução do Novo Testamento, 2ª edição, ampliada na introdução, revisada e com notas inéditas dos versículos interlineares, Ed. Chico Xavier, (31) 3637-1048, Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br

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