HISTÓRIA

Abaixo os auto-ônibus

Redação O Tempo


Publicado em 13 de abril de 2013 | 00:00
 
 
 
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O processo de modernização do transporte público em Belo Horizonte trouxe para a cidade, em 1922, os auto-ônibus. Mas, menos de dez anos após a sua imple-mentação, a população reclamava da sua qualidade, destacando “a falta de conforto, o barulho de lata velha e a buzina irritante feita com seringa de borracha”, como registrou a imprensa, em maio de 1931. 

Para os usuários daquele meio de transporte, a sua única vantagem era a velocidade, já que eram mais velozes do que os bondes. “Ao menos o auto-ônibus corria. Ia chispando pela avenida. Pulando. Sacudindo as latas. Gemendo. Enquanto as pessoas, meio debruçadas na janela, contemplavam a vida”. Mesmo assim, na perspectiva estética, muita gente continuava preferindo os bondes, “limpos e bonitos”.
 
Outra reclamação constante dos usuários era a falta de pontualidade, pois os auto-ônibus demoravam a sair dos pontos, já que os motoristas ficavam no “abrigo esperando que a lotação ficasse completa. Ele só partia quando os passageiros, indignados, ameaçavam esperar o bonde”. 
 
Diante das críticas, havia, na época, a convicção de que, “no dia em que uma empresa colocasse em Belo Horizonte auto-ônibus confortáveis e com horários, a preferência por eles seria consideravelmente maior. A cidade estava realmente precisando de alguém que se lembrasse disto...”

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