Memória

Palácio ficou na gaveta

Projetado para sediar o congresso mineiro, obra na Afonso Pena não saiu dos alicerces

Por Juliana Gouthier
Publicado em 14 de junho de 2013 | 11:27
 
 
 
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Um dos principais edifícios públicos projetados pela Comissão Construtora da Nova Capital, o Palácio do Congresso, acabou ficando somente nos alicerces. O projeto foi aprovado pelo governo do Estado em abril de 1895 e, na primeira concorrência pública, os empreiteiros vencedores se recusaram a aceitar algumas exigências que a Comissão Construtora julgava como indispensáveis. Houve nova concorrência, mas o projeto não avançou.

Mesmo aprovado, o projeto, como os dos demais edifícios públicos, demandava detalhamento. Mesmo assim, de acordo com a proposta inicial, o Palácio do Congresso seria um dos mais requintados edifícios de Belo Horizonte, seguindo o mesmo estilo dos prédios das secretarias de Estado e do Palácio da Liberdade. A arquitetura eclética, com predominância de elementos neoclássicos, com a fachada e o interior rico em detalhes ornamentais, dariam ao prédio uma imponência semelhante ao projetado e construído como sede do governo mineiro.

Assinado pelo arquiteto José de Magalhães, o palácio seria construído na avenida Afonso Pena, onde estão atualmente os prédios dos Correios e da prefeitura municipal. O governo, mesmo não tendo conseguido contratar a execução do prédio através de concorrência pública, autorizou a mesma por administração, suspensa em seguida por falta de recursos. As fundações custaram aos cofres públicos cerca de 25% do valor total de um dos prédios das secretarias construídos na praça da Liberdade.

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