A política neste ano está uma encrenca só! Redes sociais soltando farpas até entre amigos; briga nas famílias; imprensa tendenciosa; bagunça disseminada nos Poderes (e entre eles); as barganhas de sempre; Constituição sofrendo reveses; presidiários soltos e em plena campanha; péssimo exemplo de degradação moral; a terceira via que saiu pela culatra; gente que fala pelos cotovelos; milícias digitais atirando pra todo lado, remuneradas ou apenas fanáticas, numa situação de polarização extrema.
Só a política mesmo para pôr sob o mesmo telhado um ex-governador de São Paulo, locomotiva do país, e um condenado solto sem motivo. E, para fortalecer as aparências, digo, as alianças, um boné do MST na cabeça de ambos. Vai entender!!!
Sabe aquele momento dramático de uma final entre Atlético e Cruzeiro, em que os torcedores perdem a razão e, nos dias anteriores ao jogo, passam se digladiando, ofendendo-se mutuamente, a ponto de marcar pelas redes sociais uma espécie de duelo em que vale tudo? Pois é.
Hoje vejo assim o Brasil, onde nem todo político é necessariamente bom ou ruim. E, sem discernimento e sensatez, as torcidas, fanáticas, são unânimes em dizer: o nosso é ótimo, o outro é péssimo. Não existe o meio-termo. Um se alimenta dos deslizes e dos erros do outro. Mesmo que tomem medidas corretas, serão vistas como erradas.
Nem sempre a verdade aparece, muitas vezes ela é camuflada, descaracterizada e solta no ventilador. Até juntar os pedaços, ela já perdeu o que tinha de melhor, a credibilidade.
Jogo sujo? Sim, sempre foi assim. Sempre existiram as caneladas desleais no decorrer da partida, longe dos olhos do juiz, ou de forma descarada mesmo, em que o juiz percebe, mas finge não ver.
O negócio é ganhar, custe o que custar, deixando para pensar depois no que fazer. Será um time que dará conta do recado? Que vai satisfazer a torcida com medidas corretas, do bem, com retidão e responsabilidade? Ou jogará baixo, com falcatruas, decisões nos tapetões, caneladas desleais, cartões vermelhos...?
Confesso que, nessa decisão dramática entre “Atlético” e “Cruzeiro” que se tornou a nossa política, sinceramente, gostaria de estar torcendo para o América. Pena que ele não vingou.