Quando o já maduro Neymar optou pelo Paris Saint-Germain, logo vieram os “haters” para criticá-lo. Afinal, por que alguém sairia de um dos melhores times do mundo, sempre favorito no que disputa, para competir em uma liga teoricamente mais fraca e em um clube emergente do futebol europeu? As respostas não são simples, mas são coerentes.
O PSG, hoje, é um dos gigantes mundiais. Poucos clubes do mundo contam com jogadores como o italiano Verratti, o uruguaio Cavani, o argentino Dí Maria, o alemão Draxler ou com uma minisseleção brasileira, formada por Thiago Silva, Marquinhos e Dani Alves. Seu dono, o catariano Nasser Al-Khelaïfi, da Qatar Sports Investments, investiu pesado para fazer do clube francês o maior do mundo em um prazo audacioso de dez anos. E onde Neymar entra nisso? Simples: ele é a estrela maior da companhia, já que todos os prognósticos colocam o atacante brasileiro como o maior jogador do planeta após as eras Ronaldo e Messi.
A Ligue 1, ou, para, nós o Campeonato Francês, tem problemas técnicos que a fazem uma liga abaixo de outras tradicionais. Mas será mesmo tão abaixo assim? Comparando, equipes como Olympique de Marselha, Lyon, Monaco (atual campeão nacional e semifinalista da última edição da Liga dos Campeões), Lille e até mesmo Nice fazem frente a clubes da Espanha como Villarreal, Valencia ou Athletic Bilbao. Elas podem ter problemas para encarar o Atlético de Madrid e o Sevilla, mas só. La Liga é definida por Barcelona e Real Madrid em 90% das temporadas.
Então, a credibilidade técnica é baseada justamente na Champions League, onde o próprio PSG já se testou – quem não se lembra da série contra o próprio Barça, com um 4 a 0 imposto no Parc des Princes e uma reviravolta por 6 a 1 sofrida no Camp Nou na temporada 16/17? Em suma, La Liga é superior à Ligue 1, mas nada que um bom plano de carreira não faça. E foi aí que os franceses elevaram o patamar do astro, convencendo-o a ir para Paris.
No campo. Nenhuma reunião com Messi convenceria o ex-santista a continuar na Catalunha. De acordo com o gênio argentino, ele faria do brasileiro o Bola de Ouro nos próximos anos. No entanto, isso seria impossível justamente por causa do próprio Messi. Não existe a possibilidade de ser o maior do mundo simplesmente porque você já joga com ele. O jeito, então, é enfrentá-lo.
No Barça, Neymar era obrigado a jogar aberto pela esquerda para que Messi, mais colocado à direita, pudesse flutuar pelo ataque azul-grená. Com o amigo hermano na equipe, o brasileiro teria que convencer os treinadores do time espanhol a fazer essa transição.
Mas ora, por que Neymar teria que convencer alguém, se justamente uma das estratégias que fizeram Khelaïfi pagar 222 milhões de euros é a tal liberdade tática? Em dois jogos pelo clube parisiense, notou-se uma diferença no jeito de o atleta se posicionar. O técnico Unai Emery fez com que Neymar distribuísse a bola, buscasse jogo e chegasse com tranquilidade para arrematar – de qualquer lado. Resultado: com a estrela atuando, vitórias sobre Guingamp e Toulouse, três gols, duas assistências e ainda um pênalti sofrido. De bônus, uma chaleira – ou chapéu mexicano, como queira – na goleada do último domingo. Não há como dar errado.
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