Atualmente, é comum ouvirmos termos relacionados à dinâmica de trabalho que, muitas vezes, nem sabemos o que significa. Um deles, e que anda muito em voga, é “compliance” e a importância de se aplicar programas assim no dia a dia corporativo. Mas não basta dar um nome ou mesmo uma roupagem bonita aos seus processos e não os desenvolver de maneira sólida na prática. Afinal, você sabe o que significa “compliance”?
Bom, se pesquisarmos a fundo veremos que esse termo vem do verbo em inglês “to comply”, que é agir de acordo com uma ordem predeterminada, um conjunto de regras ou mesmo ou pedido.
Entendo que “compliance” no universo corporativo e sobretudo na gestão pública, deva ser compreendido com uma abrangência ainda maior do que o significado puro e simples da palavra. É relacionar-se intimamente com termos de conformidade e retidão de atuação, estabelecendo critérios rígidos no que diz respeito à sistema anticorrupção, cumprimento de obrigações trabalhistas, ambientais, fiscais, regulatórias, enfim, tudo que cerca a vida de um profissional, principalmente de um parlamentar.
Ciente das responsabilidades que assumi em Brasília e pensando que represento milhões de mineiros, resolvi estabelecer para mim e meus colaboradores de gabinete regras de conduta muito claras e mais rigorosas do que as já existentes na área, expressas no Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Pode-se dizer que estamos aplicando “compliance” em nossa estrutura, mas, evitando um pouco os estrangeirismos, gosto de afirmar que criamos para o nosso mandato uma cultura de integridade.
Como já disse muitas vezes, sempre sonhei o amanhã. Por isso, essa é uma ideia inovadora. Entre os parlamentares federais, sou o primeiro, mas não quero ser o único com um programa robusto nesse sentido. Mas como é a implementação de uma cultura de trabalho assim na gestão pública e quais benefícios na prática ela pode trazer?
Primeiramente, são permanentemente desenvolvidas e ampliadas ferramentas e metodologias técnicas que buscam fiscalizar e combater qualquer irregularidade que ocorra no gabinete. Elas sistematizam nossos processos, deixando-os transparentes e padronizados para todos, sem exceção. Em segundo lugar, temos um cronograma de treinamentos especializados para difundir uma cultura de integridade entre os nossos membros. Isso capacita a equipe e a deixa alinhada com as melhores e mais eficientes práticas na área.
Outra ação fundamental é firmar compromissos escritos anticorrupção com todos os nossos fornecedores – dos menores aos maiores. Acordos assim nos resguardam e indicam para o maior interessado – a população – que trabalhamos com parceiros sérios, seja para qual tipo de serviço for. Os destinatários de emendas parlamentares também devem, sempre, se comprometer com cláusulas e compromissos de honestidade e boa aplicação, garantindo que as verbas públicas sejam destinadas ao que realmente é necessário.
Por fim, temos um canal de denúncias, que fica em meu site, onde qualquer um poderá relatar – inclusive anonimamente – qualquer desvio ético ou suspeita que por ventura possa ocorrer. Colhemos as informações e fazemos minuciosas apurações. Essas e outras ações já vem sendo implantadas e são auditadas por uma consultoria externa independente. Esse novo olhar para a política começa desde já. Temos muito trabalho a ser feito e assim devemos seguir – afinal, o principal da honestidade é a transparência permanente.