LUCAS GONZALEZ

O tesouro do jovem

Hoje é Dia Internacional da Juventude


Publicado em 12 de agosto de 2019 | 03:00
 
 
 
normal

Hoje, o mundo celebra a juventude. Sim, o jovem também tem o seu dia. A data foi estipulada em 1999, na Assembleia Geral das Nações Unidas, por meio da Resolução 54/120. E é um dos desdobramentos da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pela Juventude, que ocorreu em Lisboa, em Portugal. A comemoração tem como principal mote fomentar a criatividade e o potencial que o jovem tem de mudar sua comunidade e o mundo.

Somos um em cada cinco no mundo. No Brasil, somos 25% da população e estamos diante do maior bônus demográfico das últimas cinco décadas. Não obstante os jargões sobre a força do jovem, de fato somos intensos em inúmeros aspectos.

O jovem tem em mãos uma das ferramentas mais valiosas que qualquer ser humano é capaz de conceber: o sonho. Ele é o tesouro que todos podemos ter em abundância. Nesse quesito, não há pobreza ou carência de oportunidades. Somos todos iguais. Todos podem sonhar ilimitadamente. Quanto mais nobres esses sonhos, mais valioso é o nosso tesouro.

O que distinguirá uns dos outros é o modo de investir esta riqueza. Distrações não nos faltam. Os principais algozes desse tesouro são a tentação e o medo do amanhã. Eles nos rondam sem preguiça ou pudor. Qualquer estratégia vale para nos tirar do foco e nos roubar um vigor que jamais retornará.

A tentação está travestida de certa dose de encanto; ela sopra diariamente em nossos ouvidos que curtir sem limites é sinônimo de alegria. Já o medo do amanhã carrega uma pseudoverdade; de modo incansável, tenta perpetuar a mentira de que seremos eternamente um país pobre, corrupto e sem qualquer perspectiva.

O desemprego entre os jovens, que supera a taxa nacional, endossa esse medo. Muitas vezes o emprego dos sonhos é substituído pelo mínimo aceitável, quando não trocado pela sensação de derrota. Possuir a sétima maior taxa de homicídios de jovens do mundo constantemente dá asas ao sonho de construir a vida em outra nação. Mas quem disse que nós estamos predestinados a tal realidade?

O jovem abriga em si o poder de desenhar o futuro. Somos o símbolo do sonho. Carregamos em nossos braços, mente e coração a força necessária para modelar um novo país. Não podemos aceitar o estigma de geração vítima e improdutiva. Somos protagonistas da nossa história e podemos bravamente mudar esse retrato.

Neste dia, eu me dirijo aos meus pares: os jovens do Brasil. Crescemos carregando nos ombros a responsabilidade de um dia sermos o futuro da nação. O futuro chegou. Somos os maiores encarregados de reestruturar os pilares de nossa nação. Força física não nos falta, por certo. Mas o nosso principal combustível é o sonho. O anseio por viver em um país justo, livre das amarras de uma desigualdade quase fatídica, deve ser o nosso legado. Somos um quarto da população brasileira em prol de uma nova história. Sigamos firmes, porque os sonhos regados pelo desejo genuíno de fazer o bem jamais voltarão vazios.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!