Lucas Gonzalez

PIB do agronegócio cresce 8,4% em 2021

Bons resultados que reforçam o desenvolvimento


Publicado em 21 de março de 2022 | 03:00
 
 
 
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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio teve crescimento real de 8,36% em 2021, em relação a 2020, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Já nas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da agropecuária caiu 0,2% no mesmo período analisado. Os números são diferentes, mas não são comparáveis.

O IBGE acompanha a produção dentro da porteira. Considera apenas o volume conseguido pelos produtores no período. Já os dados do Cepea e da CNA englobam todo o agronegócio. Além da produção de dentro da porteira e dos preços das mercadorias, eles levam em consideração todo o agronegócio, incluindo insumos, agroindústria e agrosserviço.

O PIB total do agronegócio foi incentivado pelo aumento de 52,6% dos insumos; de 17,5% do setor primário; 1,6% da agroindústria; e 2,6% de agrosserviços. O ramo agrícola, devido aos preços recorde, teve uma variação positiva de 15,9%. A pecuária, por causa da perda de margens no segmento agroindustrial, teve retração de 8,95% no período. O grande destaque no ano passado foram os insumos, incentivados pelas atividades na agricultura e na pecuária. As altas nesse segmento vieram de fertilizantes, defensivos agrícolas, máquinas e rações.

O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, já havia crescido no último mês de 2020 (2,06%). Desse modo, o PIB do setor avançara 24,31% em 2020, frente a 2019, e alcançara participação de 26,6% no PIB brasileiro (participação que era de 20,5% em 2019). Em valores monetários, o PIB do país totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões.

As variações do PIB do agronegócio discutidas nesta coluna são avaliadas pela ótica da renda real do setor (PIB-renda), considerando conjuntamente as evoluções de volume e de preços reais. As variações resultam, então, do deflacionamento do PIB nominal do agronegócio pelo deflator implícito do PIB total do Brasil, que é o índice de inflação utilizado pelo Cepea para deflacionamento do PIB. Em 2020, o PIB nominal do agronegócio havia crescido 30,28%, e o deflator do PIB brasileiro variara 4,81%, resultando no crescimento real de 24,31% apresentado. Na mesma comparação, 2020 frente a 2019, dados do IBGE mostram que o PIB brasileiro nominal havia crescido 0,6% no período.

Como conclusão, o óbvio: nosso país tem condições, por suas próprias virtudes, de evoluir nos campos do desenvolvimento econômico. Vai chegar o momento em que “ninguém nos segurará”, e vou dizer, com toda a alegria: eu avisei! Sou um parlamentar apaixonado pelo meu país e que acredita em sua vocação de crescimento.

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