Interessante, mesmo diante de toda a violência que o mundo tem vivido, num tempo em que não faltam as cenas mais tristes e que tanto nos constrangem e amedrontam, ainda haja quem defenda a venda e o porte de armas por qualquer cidadão. Chacinas, reféns, assassinatos em série, sequestros, são fatos presentes no nosso dia a dia. Nos EUA, onde há lei que pune com celeridade e rigor e polícias muito mais bem aparelhadas e treinadas do que as brasileiras, essas ocorrências começam a pautar as discussões no Congresso e no Judiciário; os últimos acontecimentos no Texas acenderam esse alerta. Aqui, no Brasil, e está confirmado em BH, como esta coluna há dias registrou, vai acontecer um animado congresso a ser realizado no próximo dia 10, com palestrantes convidados, a exemplo um tal Sérgio Bittencourt, presidente do IDSC, que trará sua lógica para reforçar tamanha impropriedade. Ou seja, a flexibilização do uso de armas por quem acha que tem condições para portá-las como instrumento do uso da força. Argumentam os entusiastas da ideia que todo cidadão de bem tem o direito de portar armas. Cidadão de bem tem o dever de não as usar e de combater seu uso. Será o salve-se quem puder se acontecer essa estúpida flexibilização.