Ele, Márcio Utsch, entendeu, segundo o próprio, que o melhor seria o dr. Reynaldo, que então viera para BH para receber do ainda presidente, Cledorvino Belini, as informações que se julgavam importantes para lhe serem passadas. Não se está falando da seleção de um cargo de menor remuneração, sua secretária, talvez, mas do presidente da maior empresa pública de Minas Gerais. Encurralado pelo relator Sávio Souza Cruz, Márcio Utsch narrou outras pérolas, inclusive as etapas de contratação da gigante multinacional IBM, que então substituiria mais de uma dezena de outros fornecedores menores, todos contratados por licitação pública. Veio a IBM por inexigibilidade de licitação, ou por uma modalidade própria em que se identifica um bom negócio de ocasião; o essencial é que a contratada tenha o reconhecimento de sua incontestável experiência no assunto. Mas, na verdade, se estava contratando a prestação de serviços de call center e a gestão de serviços, por um valor que dispensou tal rigor: R$ 1,111 bilhão e por um prazo de dez anos. É o maior contrato da IBM no mundo, e ela tem zema de experiência nessa área. Nunca fez algo parecido na sua história.