Batendo pela sua imediata implementação, o governador Romeu Zema sempre apregoou que a reforma da Previdência faria Minas economizar mais de R$ 100 milhões por mês; o troco que os sindicatos querem dar está na exigência de que se revejam os benefícios fiscais hoje tidos como excessivamente generosos num Estado que – conforme o próprio Zema enfatiza – vende o almoço para comprar o jantar. Nunca há dinheiro para a reforma da rede de escolas públicas, dos postos de saúde, das estradas. E tais renúncias fiscais chegam a comer mais de R$ 1 bilhão por ano da arrecadação. Os sindicatos prometem revelar na imprensa e nas redes sociais quem são os devedores da Fazenda Estadual e quem são os grandes beneficiários das renúncias fiscais, com nomes, composição acionária e valores sonegados, no caso dos devedores e dos valores não arrecadados, no caso das empresas beneficiadas pelo diferimento no recolhimento do ICMS, na compra dos veículos novos e pela menor aplicação da alíquota de IPVA.