MEU DINHEIRO

Para sair das dívidas

Redação O Tempo

Por Carlos Eduardo Costa
Publicado em 29 de agosto de 2018 | 03:00
 
 
 
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“Estou endividada. O que fazer? Gostaria de conselhos seus.”

Foi esse o e-mail que recebi de uma leitora. Curto e direto. E a resposta para ele pode interessar a muitos brasileiros, já que mais de 60 milhões de pessoas encontram-se nessa situação, segundo as pesquisas.

A primeira questão importante a se levantar é o erro que as pessoas cometem ao acreditar que, estando endividadas, estão com um grande problema. Não é verdade! Na realidade, estão com mais de um problema. A dívida é um deles, mas existe um problema maior: aquele que deu origem a ela. Toda dívida é consequência de um problema maior que temos em nossa vida financeira.

E quais os problemas financeiros que dão origem ao endividamento? O primeiro deles é o desequilíbrio financeiro. A pessoa constantemente gasta mais do que ganha. Por exemplo, alguém que ganha R$ 1.500 por mês e gasta R$ 2.000 mensalmente. Como ela consegue isso? Fazer dinheiro em casa é crime. Ninguém tem árvore de dinheiro no quintal. Caso contrário, estaria rico vendendo mudas ou sementes. A saída é utilizar o cheque especial, pagar o valor mínimo do cartão de crédito, recorrer aos amigos ou pegar empréstimo no banco. Ou seja, o endividamento é a forma de equilibrar as contas. Com o desequilíbrio, é necessário buscar mais recursos a cada mês. E a bola de neve vai crescendo ainda mais com os juros.

Outra causa do endividamenteo é quando se faz algo sem planejamento. A pessoa vive de aluguel e conseguiu, com muito sacrifício, comprar um lote. Acaba juntando dinheiro e começa a construir para ficar livre do aluguel. Mas não faz nenhuma conta. Em pouco tempo, o que acaba acontecendo? A construção não avançou muito, mas o dinheiro já era. É necessário então buscar dinheiro de todas as formas. É Construcard daqui, dinheiro de parentes dali, e, no fim, são usadas todas as linhas de crédito oferecidas pelos bancos. Consegue-se avançar na construção, mas com alto custo. A vida está sufocada por dívidas. Moral da história: deu-se um passo maior do que as pernas permitiam.

A terceira causa é emprestar o nome ou dinheiro para terceiros. Para mim, é a mais triste causa do endividamento, afinal a pessoa não se beneficiou de nada. Para evitar isso, é importante refletir bastante e se preparar para o pior cenário antes de ajudar alguém. Há espaço para ajuda apenas se esse cenário não for levar a problemas mais graves.

Com tudo isso, posso afirmar que o primeiro passo para se livrar das dívidas é identificar a origem delas. Feito isso, o passo seguinte é resolver o problema. Se for o desequilíbrio, é fundamental que se busque o equilíbrio financeiro. E, para isso, não há outro caminho a não ser aumentar os ganhos ou diminuir as despesas.

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