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Emccamp tem planos de abrir oferta pública de ações em 2023
A Emccamp pretende investir R$ 1,5 bilhão por ano no mercado imobiliário da região Sudeste. A construtora mineira tem ainda a previsão de lançar IPO na Bolsa, segundo André Alves Avelar, diretor financeiro e de relações com investidores da Emccamp.
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Há 45 anos no mercado, a Emccamp pretende investir R$ 1,5 bilhão por ano no mercado imobiliário da região Sudeste. A construtora mineira, com sede em Belo Horizonte, tem ainda a previsão de lançar IPO na Bolsa, com planejamento a partir do segundo semestre de 2023, segundo André Alves Avelar, diretor financeiro e de relações com investidores da Emccamp. A seguir, a entrevista do executivo da Emcammp dada à coluna Minas S/A de O Tempo:
Em 2021, a Emccamp concluiu a abertura de capital na categoria B da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Existe a possibilidade de retomar o projeto de lançamento de IPO na B3 neste ano ou a economia tem que melhorar e haver uma precificação melhor da ação de empresas no mercado de capitais?
Abertura do capital foi um movimento estratégico visando a oferta pública de ações (IPO), de maneira planejada. Estrategicamente, galgamos o primeiro degrau na categoria B perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um passo importante para nos apresentar ao mercado e ratificar a estrutura e a força da Emccamp Residencial S/A, uma empresa muito bem estruturada, com baixa alavancagem e com grande poder de expansão. O planejamento estratégico tem como propósito a expansão e o alargamento do portfólio de produtos e serviços da Emccamp Residencial, aumentando sua diversificação de atividades, fontes de receita e reduzindo o risco operacional, contribuindo de forma eficiente para seu crescimento. Essa estratégia se consolidará nos próximos dois anos, quando a companhia atingirá a ROL (Receita Operacional Liquida) e Margem Liquida planejados, para, a partir daí, retomar o projeto de IPO. Para fazer essa oferta pública de ações, estamos considerando o desempenho do cenário econômico macro (mundial), que vive um entrave com a projeção de alta de juros nos EUA, que afeta investimentos no Brasil. Quando observamos o cenário interno, temos um ano de instabilidade, devido ao período eleitoral, que influencia drasticamente nos investimentos. Desta forma, a expectativa de retomada de lançamento do projeto de IPO está prevista a partir do segundo semestre de 2023, quando os cenários macro e micro econômicos tendem a ser favoráveis para esse movimento.
Com R$ 1,5 bilhão para 2022 em Valor Geral de Vendas (VGV) na região Sudeste, o foco da construtora será cada vez mais nos mercados de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro?
Estrategicamente, a companhia está posicionada em 16 cidades de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. As três praças foram escolhidas levando em consideração seu PIB representativo e a alta demanda habitacional. Estamos concentrando esforços e foco para reafirmar nosso posicionamento como um dos players mais competitivos e eficientes do Brasil, com forte poder de crescimento e investimento, para que, a partir dessa consolidação, possamos avaliar possível expansão de novas praças.
Quantas cidades já possuem empreendimentos da Emccamp e como se dá essa escolha?
Nossos investimentos estão concentrados em 16 cidades da região Sudeste, sendo nas capitais e nas regiões metropolitanas de Minas, São Paulo e Rio. A escolha dessas cidades se dá por meio de um estudo habitacional e potencial econômico da região. Além de contribuir com a diminuição do déficit habitacional no país, buscamos oferecer aos brasileiros a oportunidade de conquistar o imóvel próprio. Buscamos ser cada vez mais conhecedores de nossos consumidores, seus hábitos de consumo e a saúde financeira desses milhões de pessoas que tanto sonham em ter um imóvel para chamar de seu.
A Emccamp tem um landbank (banco de terrenos) de aproximadamente 22 mil unidades ou R$ 6,2 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Como será essa distribuição ao longo dos próximos anos?
A Emccamp pretende investir, a partir de 2022, R$1,5 bilhão por ano no mercado imobiliário da região Sudeste. Estamos trabalhando de forma árdua na variação do nosso portfólio para ampliar o leque de oportunidades e diminuir o risco da companhia. Esse valor de R$1,5 bilhão será aplicado em projetos verticais (sendo a parte da incorporação dividida 50% destinado a empreendimentos que se enquadram no programa Casa Verde e Amarela e outros 50% em financiamento SBPE Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e horizontais (loteamentos). Nosso landbank é eficiente para os próximos quatro anos, capaz de garantir nosso crescimento potencial, o que traz uma garantia para que a equipe de novos negócios possa se preparar estrategicamente para os próximos lançamentos.
Com atuação em todos os grupos do programa Casa Verde Amarela, do governo federal, além de financiamento do SBPE até R$ 500 mil, a Emccamp pode diversificar o portfólio para outros segmentos?
A Emccamp está investindo em novos negócios e criando um ecossistema de produtos que devem impulsionar ainda mais o crescimento da marca. Em 2021, a empresa integralizou o “landing bank” de loteamentos em seu portfólio, o que será um grande diferencial competitivo em 2022. Como já conhecemos bem nosso cliente, formamos um ‘landing bank’ estratégico e de qualidade, ideal para quem deseja construir seu próprio imóvel. Esses produtos horizontais possuem uma linha de crédito com condições especiais que podem ser negociados com a própria Emccamp.
No terceiro trimestre de 2021, a companhia concluiu a primeira emissão de debêntures simples de R$ 150 milhões. Como foi essa experiência? A empresa vai fazer novas emissões como parte do crescimento estratégico e manutenção da baixa alavancagem?
A emissão da primeira debênture foi necessária para a Emccamp Residencial S/A se apresentar ao mercado e estreitar relacionamento com os investidores. Até aquela data a companhia era financiada somente com recursos próprios, que está presente no balanço da companhia com o patrimônio líquido de aproximadamente R$ 500 milhões. Fizemos a abertura do capital na categoria B perante a CVM e emissão da primeira debênture para apresentar a empresa e seu potencial competitivo ao mercado, e, a partir daí sustentar a aquisição de novas áreas, projetos e reforço de caixa, para que se possa manter o plano de R$ 1,5 bilhão de investimento por ano.
Na emissão de debêntures, a Emccamp recebeu a nota de crédito “A+” de grau de investimento com qualidade alta e baixo risco para investidores dado pela agência Standard and Poor’s. Essa nota pode abrir novos mercados na atração de mais investidores e mais clientes?
Essa nota ratifica a posição financeira, econômica, operacional e o potencial competitivo da nossa companhia no mercado. O rating é uma nota de extrema importância que as agências de classificação de risco de crédito atribuem de acordo com a capacidade de uma companhia em honrar uma dívida. Para a Emccamp é muito importante ter atingido a nota A+ em sua estreia na avaliação da Standard and Poor’s - uma das três maiores agências de classificação de risco-, isso reforça nossa robustez e solidez econômica. A tendência é que nos próximos anos nos tornemos Triple A (AAA+) o que converge com o objetivo de lançar o IPO a partir do segundo semestre de 2023.
Nas práticas de sustentabilidade e busca pela redução de juros para os clientes e a empresa, a Emccamp quer incluir seus projetos no Selo Casa Azul + Caixa, como está esse processo?
O aumento constante de questões ambientais, sociais e de governança nas agendas corporativas e públicas coloca o ESG – Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança, em português) como elemento-chave na estratégia da Construção Civil. E a Emccamp, que nesses 45 anos sempre teve a sustentabilidade enraizada em seus projetos, trouxe o ESG para todos os processos da companhia. Os valores são consolidados para toda a equipe. Os critérios ESG da companhia estão totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), determinados em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as boas práticas de mercado adotadas pela companhia está o Selo Casa Azul + Caixa, um instrumento de classificação ASG (Ambiental, Social e Governança) destinado a propostas de empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. Ações como esta, reforçam nosso compromisso em atuar com responsabilidade, adotando processos que prezam pela sustentabilidade, segurança, agilidade e qualidade das obras.
A Emccamp adotou o uso de formas de alumínio para construção reduzindo para menos de 1/3 o volume de resíduos gerados. A pauta ESG da construtora já começou?
A tecnologia está presente no DNA da empresa. Para garantir os bons resultados, a Emccamp investe na padronização de seus serviços, na gestão de custos inteligente e no cronograma de acompanhamento de obras, sendo todas essas diretrizes pautadas em consonância com o ESG. Investimos na contratação de consultorias externas para nos auxiliar na implantação dos ODS em todos os processos da empresa. Também passamos a adotar o GRI (Global Reporting Initiative) que é uma importante ferramenta direcionada à gestão adequada de indicadores ambientais, sociais e econômicos dentro da companhia. O nosso sistema de fôrmas de alumínio para fabricação de paredes em concreto armado, que é referência nacional, foi trazido do exterior é aperfeiçoado constantemente pelos processos de alta tecnologia aplicados nas nossas construções. Com esse processo é possível erguer um prédio até 30% mais rápido que o método tradicional, além de reduzir a geração de resíduos nas obras. A qualidade dos materiais é pensada e analisada em todas as fases do empreendimento inclusive no acabamento. Além disso, a disposição dos blocos que compõem os empreendimentos é projetada para facilitar a vida dos moradores e trazer a sensação de bem-estar, garantindo, assim, a circulação de ar entre os prédios e aproveitamento da iluminação natural nos apartamentos.
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