Open Mind Brazil

Experiências transformam percepções e ações

‘Employer experience’, engajamento e olhar como as pessoas se sentem

Por Gabriele Carlos
Publicado em 09 de novembro de 2022 | 05:00
 
 
 
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Esta experiência, esta vida, é nossa única chance de sermos nós mesmos.” Lya Luft

 

É fato que temos passado por muitos desafios recentemente, e a crescente desta realidade, olhando para o futuro, é quase que uma convicção da continuidade da vida. Este movimento de mudanças constantes tem transformado diariamente a nossa percepção de valor, seja no âmbito pessoal ou profissional. E tudo isto tem reforçado a importância de olharmos para o peso das experiências em nosso amadurecimento como indivíduos.

Sabendo deste contexto, podemos afirmar que não é à toa que temos ouvido falar mais no termo: “Employer Experience”, afinal as percepções e ações estão totalmente conectadas com as experiências vividas.

William Kahn e engajamento

O curioso observar é que este não é um conceito de hoje, pois em meados de 1990, surgiu uma nova teoria que transformou o ambiente de trabalho. O professor de comportamento organizacional William Kahn, da Boston University Questrom School of Business, criou o conceito de engajamento, onde a proposta era olhar como as pessoas se sentiam, sem deixar de lado a performance, algo em linha com o que temos visto atualmente.

O que ampliou este conceito é que nos dias de hoje, entendemos que trabalhar a melhor experiência em todos os pontos de contato da jornada do colaborador é essencial para conseguirmos melhores resultados. O ponto é que não é só uma questão de engajamento, mas de como construímos o ambiente, os processos e as relações para tornar a nossa vivência cada vez mais significativa, conectada com o propósito organizacional e acima de tudo também um alinhamento com o propósito pessoal.

Rick Hanson e o cérebro

Gosto de ressaltar um estudo feito pelo psicólogo Rick Hanson que fala que o nosso cérebro age como velcro para as coisas ruins e é como teflon para as boas experiencias, ou seja, as coisas ruins são sempre mais fortes do que as coisas boas.

Tendo este cenário como pano de fundo e o fato de que estamos no ranking mundial de pessoas que sofrem com ansiedade, segundo Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), não tem como não assumir uma responsabilidade como empresa de proporcionar um ambiente que possibilite mais experiências positivas do que negativas.

Este trabalho envolve análise da cultura, conhecer os objetivos do negócio, para assim adaptar o ambiente físico e tecnológico que contribuirá para o que chamamos da produtividade sustentável.

Futuro do trabalho

Neste contexto todos ganham, pois experiências que transformam percepções e ações, pode construir melhores pessoas e consequentemente trazer melhores resultados.

Não podemos ficar de fora destas discussões, afinal existem estudos, comunidades, consultorias e empresas que estão cada vez mais se aprofundando nesta temática, não só por tudo o que vivemos, mas principalmente pelas tendencias desenhadas para o futuro do trabalho. Fique atento e reflita se as suas experiencias tem permitido você ser quem realmente é e quem quer continuar sendo.

(*) Gabriele Carlos é membro do Open Mind Brazil e diretora Executiva responsável pelo RH da ZEISS Vision Care do Brasil com suporte LATAM (LinkedIn)

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