Lúcio Júnior - Open Mind

O legado de Marília Mendonça para os executivos

As ações certeiras que fizeram da cantora um case de sucesso em carreira e na vida pessoal

Por Lúcio Júnior
Publicado em 10 de novembro de 2021 | 03:00
 
 
 
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Morrer no auge do sucesso é uma pena.

Por mais que a pessoa tenha entregue, fica aquela sensação de que ainda havia muito para ser feito.

Marília Mendonça foi um fenômeno.

Em seis anos de carreira colecionou números que a maioria dos profissionais em sua área não atinge em uma vida inteira. Bateu recorde de acessos nas redes sociais. Mundialmente, figurou entre os artistas mais ouvidos da Billboard. Terminou a vida com uma agenda lotada e uma conta bancária recheada, com faturamento mensal em torno de R$ 10 milhões.

A vida tem seus mistérios, e entre os mais incômodos está o de não sabemos até quando teremos tempo. A sensação que dá é que Marília tinha isso em mente de alguma forma.

Suas ações foram certeiras!

Começou a carreira compondo para nomes consagrados. Assim, para poder ser ouvida, usou uma voz que ainda não tinha.

No processo de criação, recusou-se a seguir receitas.

Identificou o seu público e ofereceu exatamente o que ele queria: protagonismo feminino, algo inédito no mundo sertanejo.

Quando decidiu que ela mesma iria cantar suas letras, começou pelo Norte e Nordeste. Dizia que via nessa audiência uma fidelidade incomum em outras regiões do país. A ação deu certo. Marília chegou ao Sudeste já reconhecida.

O investimento de corpo e alma na carreira impactou a qualidade de vida.

A cantora divulgou que queria viajar menos para passar mais tempo com a família. Que executivo não deseja isso?

Nos últimos tempos, com a alteração de várias taxas e o forte ganho de peso, focou na saúde. Que executivo, em algum momento, não passa por isso?

Marília foi estratégica. Cuidou de cada aspecto de sua carreira, do seu negócio, e reviu rotas quando necessário.

Juntou aliados. Tinha, por exemplo, na mãe um grande suporte na criação do filho.

Também soube romper quando identificou que as parceiras já não eram produtivas, como quando se separou do pai do filho dela.

Marilia trabalhou sua imagem. Fazia questão de mostra-se real. Vulnerabilidade humaniza. Ela não se limitava a falar apenas sobre as delícias do sucesso, as dores também estavam em pauta. Reconheceu alguns limites, como quando chegou a cancelar entrevistas porque estava exausta.

Com uma trajetória profissional impecável, Marília Mendonça nos ensina sobre estratégia e autoconhecimento – atributos fundamentais para quem quer, de fato, trilhar o caminho do sucesso.

Marília morreu trabalhando, e muito!

Ela era apaixonada pelo o que fazia. Tinha um enorme talento e usou isso para melhorar a vida das pessoas.

A impressão que tenho é que quando conseguimos associar paixão, talento e propósito, Deus não permite que a gente se economize. Ele abre caminhos e oportunidades para que a gente entregue o nosso máximo.

Eu vejo que Marília cumpriu com maestria a sua missão.

Como legado nos deixa a sua arte e uma inspiração: usar o tempo de uma forma que nos agrade, que melhore a nossa vida e que impacte positivamente a vida de outras pessoas.

Isso é sucesso!

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