PASTOR MÁRCIO VALADÃO

A graça divina do perdão

A culpa corrói, destrói e mina toda a alegria do indivíduo, tudo parece ser difícil e penoso


Publicado em 16 de abril de 2019 | 03:00
 
 
 
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Algumas pessoas vivem conflitos tremendos, pois parecem carregar um fardo tão pesado e terrível da culpa. A culpa corrói, destrói e mina toda a alegria do indivíduo, tudo parece ser difícil e penoso. A culpa também azeda todo e qualquer relacionamento: entre amigos, marido e mulher, pais e filhos, irmãos e irmãs, e o motivo da culpa pode estar no pecado cometido.

Mas talvez você pense: “Pecado é matar, roubar, adulterar, e tantas outras coisas parecidas!” Tudo isso, claro, também é pecado, porém essa questão vai mais além. Está escrito: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3,23). O fato é que todo ser humano tem uma natureza corrompida, caída, pecaminosa. Até mesmo em pensamentos cometemos pecado. Jesus deixou isso bem claro. “Ouviste que foi dito: Não adulterará. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.27-28).

O homem é pecador não porque peca. Ele peca justo porque é pecador. É a sua natureza, a menos que seja regenerado pelo sangue de Cristo. Ainda assim, terá de lutar com essa natureza. A diferença agora é que ele pode ou não escolher viver longe da prática do pecado. A alegria só pode inundar a sua vida quando o seu coração é inundado pelo perdão do Senhor.

O pecado do homem foi a sua rebelião contra Deus, quando, na sua própria atitude, disse a Deus: “Deus, eu não te quero”. E quando o homem voltou as costas para o Criador, ele pecou e passou a ter uma natureza pecaminosa. Agora, no seu ser, no âmago da sua alma, o homem traz uma natureza corrompida, maligna. É em razão disso que o homem peca e vive pecando.

Mas a mensagem do evangelho não é simplesmente tratar com os frutos, mas com a raiz. Ou seja, a mensagem do evangelho é de transformação de vida, e a vida que Deus oferece é diferente de tudo que já viveu. Pois assim está escrito: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5,17).

Quando o homem se volta para Jesus, crendo na obra do Calvário, na obra da cruz, ele toma Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e, a partir daí, brota ou explode de seu interior uma nova vida, e ele passa a ser uma nova criatura em Cristo. E a partir daí também, a culpa que antes era um fardo terrível sobre ele, desaparece, e brota em seu coração uma paz diferente, inigualável, indizível, capaz até mesmo de transcender as circunstâncias. Ele continuará vivendo no mesmo mundo, debaixo das mesmas circunstâncias, das mesmas pressões e mesmas dificuldades, mas com algo diferente: a certeza de que ele não está só, de que a presença de Deus, a sua graça e seu perdão estão ao seu alcance.

Vejamos 1Jo,1-9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” Grave bem: “Se confessarmos os nossos pecados.” É o pecado que tem destruído a sua vida, que o tem aniquilado? Enquanto você não acertar a sua vida, enquanto você não confessar, o peso do pecado continuará sobre você. Mas não basta apenas confessar, é preciso abandonar de vez a prática do pecado. Abandonar!

Deus abençoe!

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