Afirmo, sem dúvida alguma, que a Bíblia é o livro da esperança, é a fonte da esperança. Já o nosso maior inimigo é a ignorância, tanto que a Escritura registra: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento” (Oseias 4.6). E a falta desse conhecimento pode ser também o da esperança. Dizem que a esperança é verde, então, caso ela tenha realmente essa cor, todas as páginas da Bíblia são verdes, porque cada página traz o coração de Deus. A Bíblia é a Palavra do Senhor, e a Palavra do Senhor se resume em esperança.
Quando falamos de esperança, podemos nos lembrar de restituição, e veja o que lemos sobre isso no livro de Zacarias, capítulo 9, verso 12: “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro”.
Todos os dias da nossa vida podem ser dias de restituição em todas as áreas: no casamento, na família, no trabalho, na saúde, logo não podemos perder a esperança. Muitas vezes, ficamos presos pelo desespero, pela angústia, pelo pecado, pela incredulidade, coisas que amarram e que prendem, mas há uma promessa conforme lemos em Zacarias 9.12.
Antes de nos convertermos, estávamos longe de Deus, separados dele, e aquele que ainda não se converteu não desfruta do gozo da esperança. O apóstolo Paulo, por meio da carta aos Efésios, capítulo 2, versículo 12, nos mostra o retrato do passado, mas também o nosso presente, dizendo assim: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”.
De acordo com o apóstolo Paulo, havia “cinco desvantagens dos gentios: estáveis sem Cristo, separados da comunidade, estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no caminho. Apesar do relacionamento de Deus com o povo de Israel envolver uma promessa de abençoar as nações, os gentios não tinham conhecimento dessa promessa” (Bíblia de Estudo Genebra). As pessoas, antes de se converterem a Cristo, não têm esperança. E os gentios não tinham nenhuma esperança para conciliar com Deus, porque viviam fora dos preceitos de Deus. Longe dos caminhos do Pai é impossível acreditar, crer, esperar…
Existe uma esperança bem natural e que é intrínseca no nosso dia a dia, mas a Palavra nos ensina sobre uma esperança espiritual.
Houve um homem chamado Abraão, e a Palavra se refere a ele como o pai da fé. A esperança espiritual de Abraão o capacitou a tornar-se o pai de todos nós, na fé, como lemos em Romanos capítulo 4, verso 18, que diz assim: “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência”. Abraão já era avançado de dias, ou seja, estava velho, quando o Senhor prometeu dar-lhe uma descendência. Não é o que nossos olhos veem, não somos o que somos do lado de fora, somos o que somos do lado de dentro. A mulher de Abrão já havia passado pela menopausa há cinquenta anos, mas a Palavra diz que Abraão, esperando contra a esperança, creu que viria a ser pai de muitas nações, como Deus prometera. E assim se cumpriu.
Precisamos nos espelhar nesses homens e mulheres de fé, descritos na Palavra de Deus. A Bíblia está repleta de promessas, ela não é só para ser estudada, mas para que tenhamos o coração transbordante de esperança. Quanto mais lermos a Bíblia, mais encheremos nosso coração de esperança. O Espírito Santo só pode nos fazer lembrar daquilo que tivermos visto ou ouvido. Como o Espírito Santo o fará lembrar-se de um texto que você nunca leu? Muitas vezes nós lemos e aparentemente nos esquecemos, mas a Palavra diz que no momento certo o Espírito Santo nos fará lembrar tudo o que tivermos visto e ouvido. Viva essa realidade! Deus os abençoe!