O Brasil vive suas turbulências, mesmo com o TSE dando um sobrefôlego ao governo Temer. Apesar de todos os seus problemas, Temer está determinado a ir até o último dia de seu mandato, em 2018. Para isto, será necessário que apresente um novo ministério após a aprovação das reformas. Foi o que se ouviu muito no fim de semana em Minas Gerais, no Conexão Empresarial de Tiradentes, com a presença de um grupo pesado de empresários e alguns poucos políticos, como o deputado federal e vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho, mostrando a todos a importância das reformas para qualquer governo que venha; o governador Fernando Pimentel; os prefeitos de Betim, Vittorio Medioli – muito aplaudido por sua palestra firme e crítica –, de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, de Montes Claros, Humberto Souto, e de Nova Lima, Vitor Penido.
Na plenária de sexta-feira, o advogado Décio Freire sugeriu fazer a “Carta do Conexão Empresarial de Tiradentes”, apoiando a reforma trabalhista, documento que o deputado Fábio Ramalho entrega hoje ao presidente Temer, com a assinatura dos empresários presentes em Tiradentes.
O presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, fez bate-papo, no sábado, com um grupo de empresários e impressionou a todos, que, ao final do encontro, diziam que, se Temer tivesse mais uns cinco Paulos Rabelos, seu governo seria outro.
Após as palestras e debates, a opinião predominante entre empresários e políticos era que o melhor mesmo é que Temer – mesmo capengando – permaneça até as eleições de 2018, pois não podemos exagerar com a troca de governos. Isso, na opinião geral, só prejudica o país, que precisa de paz para retomar sua economia, que já provou sua força, resistindo a tanta corrupção. A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, precisa da estabilidade para manter o controle sobre a inflação e reduzir os juros. Para isso, ficou evidenciado que ganhou um reforço de peso. Paulo Rabelo de Castro, o novo presidente do BNDES, mostrou bom senso e firmeza em suas convicções, vindas da iniciativa privada, antes de uma passagem pela presidência do IBGE, já com Temer.
O Conexão Especial de Tiradentes mostrou que um novo reforço está se articulando em defesa do país. Grupos de empresários de diferentes setores e peso econômico começam a assumir o protagonismo político. Esses grupos defendem que os empresários se exponham mais em defesa de mudanças profundas na política e na economia nacional e pelo fim da impunidade. O papel de coadjuvante já não é aceito pelos empresários, que querem uma nova prática política no país, sem favorecimentos e privilégios. Pelo que se viu em participação, em cobranças e defesa de mudanças no encontro de Tiradentes, não será surpresa se, nas próximas eleições, surgirem novos nomes ligados ao setor produtivo na lista de candidatos.
Há um nítido descrédito dos empresários e uma convicção cada vez mais firme de que é melhor participar diretamente das mudanças do que agir por intermediários. Fica até mais transparente.
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