Opinião

Um líder para o Novo Mundo

A necessidade de pessoas capazes de fazer mudanças reais


Publicado em 12 de janeiro de 2021 | 03:00
 
 
 
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Um líder é alguém com a habilidade de motivar, influenciar, inspirar e comandar pessoas para atingir objetivos. Um líder não bate na mesa, não agride, não faz piadinhas de mau gosto para desmoralizar adversários. Um líder não é alguém, ao contrário do que muitos pensam e cobram, com capacidade ilimitada de conhecer e dominar todos os assuntos.

Líder é alguém com discernimento para escolher pessoas certas para lugares certos, comprometidas com os objetivos traçados visando ao bem comum. Escolher pessoas que, mesmo tendo competência para o exercício de uma determinada função, não têm hombridade e se prestam a atitudes servis, apenas para agradar ao chefe e se segurar no cargo, sem se importar com as consequências de suas atitudes, não é ser líder, não é ser responsável. 

Estamos precisando de um líder. De um, não, de vários, em todos os setores. E precisamos deles com urgência. Vamos entrar, não tenham dúvida, numa nova era e ainda desconhecemos a extensão das mudanças que precisaremos enfrentar. Talvez aquilo que nossos governantes tenham pensado – digo “pensado” porque sei que não planejaram – esteja ultrapassado. O mundo será outro, e sabemos todos nós que, se já estávamos defasados em relação ao antigo, ainda mais estaremos pelo que há de vir, seja lá o que for.
Não se trata de apenas trocar de pessoas, de derrubar presidente, governador, cassar políticos, destituir falsas lideranças empresariais. É preciso, sim, mudar de atitude, acabar com esta forma – desculpem o termo – porca de fazer política.

Chega de falsos líderes. Chega do comportamento carente tão ao gosto da América Latina que vive à procura de um paizão, aquele capaz de resolver tudo com um soco na mesa. Basta do populismo barato, de irresponsabilidade. Este tipo de comportamento provoca mortes, como estamos vendo agora com a Covid-19. Provoca mortes também na democracia, como quase assistimos nos Estados Unidos, aliás useiro e vezeiro em espalhar o vírus do populismo e do entreguismo mundo afora. 

Basta do comportamento abjeto dos que se apresentam como intransigentes defensores da livre iniciativa, mas que vive de favores do Estado que diz querer ver fora da economia. Basta, enfim, de omissão dos que pregam, defendem, esbravejam por mudanças, mas nada fazem para que elas aconteçam. Nós somos o resultado de nossas escolhas. E, se estamos mal, é porque escolhemos mal.

Precisamos reagir. E reagir não é ir para as ruas “dar porradas”, destruir coisas. Reagir é cobrar, é propor. É motivar os omissos. É estimular o debate das questões nacionais. Desses debates é que nascem as lideranças. E como andamos carentes delas, em todos os setores da sociedade! As que ocupam este espaço em todos os setores do país – com raríssimas exceções – são figuras caricatas. Duvidam? Analisem.

 

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