RAIMUNDO COUTO

Balanço geral

Redação O Tempo


Publicado em 20 de dezembro de 2017 | 03:00
 
 
 
normal

Nesta época do ano em que se costuma fazer um balanço dos acontecimentos junto aos planos para o futuro, vamos nos ocupar deste espaço, neste nosso último encontro de 2017, para um rápido balanço do que aconteceu no setor neste ano que se aproxima do fim. Não temos como deixar de admitir que vivemos um período conturbado no país de uma forma geral.

A conjuntura política e econômica passou por sobressaltos, com os avanços da operação Lava Jato e as tentativas de romper um governo que, mesmo tento herdado o mandato, seguiu sugerindo mudanças e reformas. Todos esses imbróglios refletiram, negativamente, nos índices que apontam o crescimento, e o que se vê, no apagar das luzes, é uma economia estagnada com grande numero de desempregados. Contudo, no que concerne a nosso assunto principal, a indústria automobilística, as montadoras seguiram cumprindo os respectivos cronogramas de lançamentos já previstos anteriormente.

Simples de entender. Independentemente do ano em curso ser bom ou ruim, os projetos que dão origem a novos modelos começam a maturar três ou quatro anos antes, e, quando é chegado o momento, nada altera os planos das fabricantes. E foi exatamente isso que aconteceu, com uma avalanche de novidades apresentadas ao longo do ano.

O que se viu, em sua grande maioria, foi a manutenção da tendência que já vem há algum tempo. A bola da vez do mercado brasileiro são mesmo os SUVs, os utilitários-esportivos, que de esportividade só costumam ter mesmo a nomenclatura. Modelos altos, com grande vão livre do solo e que orbitam os sonhos de consumo do público feminino, que não esconde a preferência por este tipo de carroceria.

Voltando ao balanço do ano, começamos mostrando justamente as novidades desse segmento que desembarcaram em nosso mercado. A Chevrolet manteve ótimo nível de participação, trazendo quase de forma simultânea dois representantes de peso: o Tracker e o Equinox, ambos importados e, por isso mesmo com restrição de volume, o que não os impede de apresentarem um bom desempenho em vendas.

A Ford finalmente renovou aquele que já foi o campeão de vendas, o EcoSport, que ganhou novo motor e câmbio, desenho moderno, mas manteve o estepe pendurado na tampa traseira. Não se pode deixar de mencionar outro fato marcante protagonizado pela montadora do oval azul: a chegada do icônico esportivo Ford Mustang ao Brasil.

Ainda sobre os utilitários-esportivos, um lançamento que surpreendeu foi o do ótimo Peugeot 3008, que deixou para trás seu DNA como minivan e assumiu sua porção SUV. Outro que nem tanto fez foi o Honda WR-V. Mesmo que os japoneses tenham trabalhado a suspensão do Fit para ele se transformar em um utilitário-esportivo, não se vê muito dele pelas ruas.

Nem só viveu de novos SUVs viveu o ano de 2017. Depois de um longo inverno, os modelos compactos, principalmente com acabamento premium, ganharam destaque. A Fiat-Chrysler Automóveis (FCA), pela marca Fiat, lançou o Argo, que substituiu de uma vez só dois carros da fabricante italiana: o Palio e o Punto. Foram investidos no projeto, que recebeu o apelido de XH6, US$ 500 milhões. Do Fiat Argo vai nascer o Cronos, versão sedã do modelo que chega no primeiro trimestre de 2018. Nesta seara dos compactos, a Volkswagen começou sua arrancada para tentar retornar ao topo de vendas no Brasil ao lançar o novo Polo, que se destaca na versão 1.0 TSI, a top de linha.

Como no caso do Fiat Argo, o modelo alemão terá uma variante de três volumes já apresentada, e que se chamará Virtus. E, assim, mais um ano se vai! Obrigado, amigo leitor (a) pela atenção dispensada em nossa convivência semanal. Um Feliz Natal e um 2018 de muita saúde e paz! Nos reencontramos em janeiro!

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!