RAIMUNDO COUTO

Com o pé na estrada

Redação O Tempo


Publicado em 07 de dezembro de 2016 | 03:00
 
 
 
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O verão se aproxima, e a cada nova temporada o ritual se repete: milhares de pessoas pegam seus automóveis e viajam. Seja rumo a praias ou ao frio da serra, a ideia é curtir as férias dos filhos ou simplesmente descansar a cabeça para o ano que começa. Mas outro triste panorama também torna a acontecer: vários veículos param no meio do caminho – e até sofrem acidentes – simplesmente porque não passaram por uma revisão antes de pegar a estrada. Motores que “fervem”, pneus que estouram, amortecedores que vazam ou freios que deixam de funcionar são alguns dos imprevistos que acontecem nas rodovias nacionais. E boa parte poderia ser evitada com uma minuciosa revisão.

O pacote básico inclui motor, sistema de arrefecimento, freios, suspensão e pneus. No motor, o serviço básico a ser feito inclui troca das velas, do óleo e dos filtros de óleo, de gasolina e de ar. Vale, ainda, não se esquecer de verificar o estado da correia dentada e, se necessário, trocá-la – uma simples ruptura dela pode causar danos graves ao motor do veículo. Sem a sincronia das peças fornecida pela correia, ocorrem quebras internas e um prejuízo muito maior que o custo da troca do componente.

Junto ao motor, outro sistema que sempre requer muita atenção é o de arrefecimento. O ideal é efetuar a troca da mistura água-cooler do radiador e a lavagem das galerias de líquido e ainda verificar o estado e o funcionamento de mangueiras, tanque de expansão, válvulas termostáticas e bomba-d’água. Feito isso, as chances de o carro “ferver” no caminho ficam bastante reduzidas.

Vale lembrar que nas viagens o carro costuma ser mais exigido que no dia-a-dia. Geralmente ele está carregado, e é comum o motorista enfrentar caminhos que não conhece e situações que exigem mais dele e da máquina. Nessas situações, também é importante que o carro faça curvas e freie com eficiência. Para isso, é imperativo que as molas da suspensão estejam em bom estado, e que os amortecedores, dentro de sua vida útil – geralmente em torno dos 40 mil quilômetros. Falta de conforto, maior espaço necessário para frenagens e instabilidade do veículo são os principais perigos gerados por amortecedores ineficientes.

Os fabricantes de amortecedores lembram que as condições particularmente ruins das estradas brasileiras influenciam diretamente na durabilidade dos amortecedores. O modo de dirigir do motorista, o piso por onde se trafega com mais frequência e a utilização do veículo alteram essa projeção.

A divisão de pesos no carro deve ser feita sempre com as pessoas e as bagagens mais pesadas posicionadas mais ao centro e passageiros e objetos menos pesados nos cantos. O nível da água do radiador deve ser verificado com o motor frio. E a calibragem dos pneus deve ser feita também com eles frios. Não se esqueça de calibrar o estepe e, antes de pegar a estrada, se a direção estiver pesada ou puxando para um dos lados, é hora de fazer alinhamento e balanceamento das rodas. Com todos estes cuidados a única preocupação é relaxar e aproveitar as férias.

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