RAIMUNDO COUTO

Neste Carnaval, vá, mas volte!

Redação O Tempo


Publicado em 11 de fevereiro de 2015 | 04:00
 
 
 
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Mais de 8.000 pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais ao longo de 2014. Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, o número corresponde a uma média de 22 mortes por dia. Os dados também mostram que 8.400 motoristas foram presos por embriaguez. Foram registrados mais de 168 mil acidentes no período, 15% a menos que em 2013. Se não quer participar dessa estatística, se cuide e tenha em mente a importância de se manter sempre em alerta na hora de pegar o volante.

Estamos a alguns dias do Carnaval e, daqui a pouco, quase todos estarão de pernas para o ar. Na praia ou no campo, a ordem do dia é descansar. Então, se for viajar, se cuide. Tenha em mente que a segurança é o melhor “abadá” para você vestir e pular nesse carnaval.

A euforia, muitas vezes regada pelo álcool de cervejas, caipirinhas, tequilas e afins, frequentemente se traduz em motoristas bêbados, que põem em perigo suas vidas e as de outras pessoas. Não por acaso, o número de acidentes de trânsito nos dias de Carnaval em muitas cidades é maior do que em meses inteiros no resto do ano.

Sem dúvida, o maior vilão das estatísticas de acidentes de trânsito no Carnaval é o álcool ingerido pelo motorista – e não o muitas vezes adulterado “engolido” pelos carros. Com doses de álcool no sangue, o motorista perde a percepção e o reflexo e demora até cinco segundos a mais para ver que um carro está vindo em sua direção ou que mudou de faixa e está na contramão. Esse tempo, em uma velocidade de 80 km/h, por exemplo, já é o suficiente para que o motorista não tenha como frear o suficiente para evitar o acidente, mesmo tendo visto o carro a 200 m de distância.

Na volta de viagens, os acidentes são motivados pelas horas de sono dispensadas pelos foliões, que ficam sem dormir o tempo adequado para uma completa restauração física, para não perder a folia. Nesse momento em que o sono bate, o motorista perde a visão periférica e pode até tirar cochilos sem perceber. Junto com o cansaço e o sono, outro desencadeador de acidentes é a distração. O motorista pode não ter bebido e estar descansado, mas sempre vale a máxima de que o trânsito não permite distrações.

Em parceria com as distrações, surge a velocidade excessiva. Os acidentes causados pelo “pé pesado” dos motoristas acontecem, geralmente, próximos ao destino. Nesses casos, o motorista depois de sair de casa para viajar, faz tudo certo, com o máximo cuidado, mas a pressa de chegar ao destino acaba o incentivando a acelerar um pouco mais quando vê que está perto do lugar a que deseja ir. Nesse momento, acontece o pior.

Fora os acidentes causados por falha humana – cerca de 90% das ocorrências registradas –, as péssimas condições das estradas brasileiras também dão uma grande ajuda na elevação das estatísticas. Com o número cada vez maior de carros nas ruas, principalmente em feriados prolongados, rodar de forma segura em estradas com buracos de mais de um metro de diâmetro é praticamente impossível, e a baixa velocidade média pode gerar cansaço e distração, formando um círculo vicioso. Olho vivo. Com carro não se brinca.

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