RAIMUNDO COUTO

União que faz a força

Há quase 15 anos ocupo este espaço para interagir com o amigo (a) leitor, trazer novidades e até reflexão sobre temas que dizem respeito a automóveis, mercado, trânsito e transportes


Publicado em 10 de outubro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Há quase 15 anos ocupo este espaço para interagir com o amigo (a) leitor, trazer novidades e até reflexão sobre temas que dizem respeito a automóveis, mercado, trânsito e transportes. Confesso que nem sempre é fácil, e muitas vezes, neste período, mesmo com a falta de inspiração, nunca deixamos de estar aqui, dividindo boas, e outras nem tanto, noticias que cercam nosso acelerado universo.

Tão importante quando trazer à baila temas importantes é a participação de quem nos acompanha por anos, como aconteceu nesta semana, atreves da mensagem que o leitor Tomaz Saraiva nos enviou. De forma muito clara, ele expõe seus pontos de vista que gostaria de compartilhar com os demais leitores, afinal, a coluna é feita para vocês.

“Sou leitor frequente do seu espaço no jornal O Tempo, e observo que o tabloide aborda os mais variados temas ligados ao automóvel, além de questões relativas ao ato de ir vir em geral, hoje expressado em uma palavra: mobilidade.

Refiro-me a um equipamento que os automóveis possuem e que vemos motoristas entendendo que se trata de um elemento mágico, capaz de lhes permitir realizar no trânsito as mais absurdas manobras. O pisca-alerta, para alguns, permite parar, estacionar em fila dupla, em esquinas, em rotatórias, na contramão, em suma, fazer qualquer coisa.

Recentemente me deparei com um enorme engarrafamento em Belo Horizonte (muito acima do normal do que acontece todos os dias) que se iniciava na rua Joaquim Murtinho (no Santo Antônio) e se prolongava pela Josefa Belo (Cidade Jardim). Nada mais era que a consequência de um caminhão-baú (com pisca alerta ligado, é claro), estacionado atrás do Colégio Loyola, na pista da direita, ignorando que o estacionamento só é permitido na pista da esquerda. Isso ocorreu em uma sexta-feira, no horário de 18h às 19h, o de maior movimento.

Ressalto que essa atitude não é privilégio somente dos motoristas de baús, pois cada vez mais são vistos automóveis particulares ou supostamente (me refiro aos Ubers), sem falar dos taxistas, usando esse recurso para desembarcar e embarcar passageiros. Para-se, literalmente, em qualquer lugar.

Outro fato que me chama a atenção é o pouco caso com os cidadãos, dispensados pelos órgãos e empresas públicas, quando da realização de intervenções nas vias urbanas. Cito como exemplo as obras de revitalização da praça da Liberdade, na qual foram abertas valetas no asfalto, que permaneceram assim pelo menos por uma semana num total desrespeito a quem paga impostos e por lá precisa passar. Alguns podem achar que se tratavam de valetas estreitas, o que não as justifica, visto que nos casos de carros que usam pneus de perfil baixo (e hoje são muitos), o impacto é relativamente forte.

Ressalto que isso acontece em toda a cidade, sempre que obras são realizadas ou ligações prediais de água e esgoto são necessárias, muitas vezes, deixando valas mais largas e profundas abertas por dias. Não existe justificativa que possa ser aceita à medida em que se trata de obras planejadas e não valas ou buracos abertos pela chuva”.

E termina Saraiva. “Raro me percebo indignado com os mesmos e com a sensação de que só a mim eles incomodam”. Pode estar certo, Tomaz, que você não esta sozinho nesta cruzada. Até semana que vem...

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