O desempenho da economia brasileira acumula marcas positivas. Agora foi a vez de a arrecadação da União bater um novo recorde em julho, chegando a R$ 231,04 bilhões. Conforme a Receita Federal, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a arrecadação subiu 9,55% na comparação com o mesmo mês do ano passado, demonstrando o viés de alta nos indicadores econômicos.
Nessa segunda-feira (26), a previsão de crescimento da economia teve um forte aumento no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Os analistas do mercado esperam que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo que é produzido no país, cresça 2,43% em 2024, acima dos 2,23% previstos na semana passada.
Esse é um PIB que veio forte, e o governo aposta que, até dezembro, o crescimento consolidado deverá estar na marca de 2,5%. Entretanto, como já escrevi aqui, ainda acredito que chegaremos a um resultado similar ao do ano passado, na média dos 3% de crescimento.
Esses dados levam o Brasil a entrar na linha de ultrapassagem da Itália, para se tornar, assim, a oitava maior economia do mundo, três posições abaixo da ocupada em 2022, quando o país estava no 11º lugar no ranking mundial. É um resultado a ser comemorado. O Brasil foi a sétima maior economia do mundo entre 2010 e 2014.
Os dados mostram que o Brasil está no rumo certo. São números extremamente positivos. Geração de empregos com carteira assinada em nível recorde, aumento do poder aquisitivo dos assalariados, impulso substancial à produção industrial, plena atividade das micro e pequenas empresas, melhoria expressiva da esperança e do otimismo dos consumidores, em especial na faixa de renda de até R$ 2.100, conforme atesta recente levantamento da Fundação Getulio Vargas.
Esperava-se que o Brasil voltasse ao posto de oitava maior economia no ano que vem, mas tem havido uma guinada. O presidente Lula já disse, em diferentes ocasiões, que a economia brasileira iria surpreender. E é o que está acontecendo. Quem apostou, ou ainda aposta, contra o Brasil vai perder.
Os números são a realidade, não a opinião de futurólogos que especulam e tentam ganhar dinheiro com previsões pessimistas. No ano passado foi a mesma coisa. Previam os especuladores um crescimento pífio, ao redor de 1,5%, mas, ao final do ano, a marca alcançou crescimento de 2,9% do PIB. Em 2024, o aumento do nível de emprego – especialmente formal – e da renda média da população indica que o PIB reagiria bem, como, de fato, vem ocorrendo.
Importante assinalar que o resultado não tem a frieza de números estatísticos. Há mudança positiva na vida das pessoas. A renda média dos trabalhadores, estagnada havia aproximadamente dez anos, também ganhou fôlego no governo Lula. Em 2023, cresceu 6,6% em um ano, e a massa salarial atingiu recorde histórico. E tem seguido essa curva ascendente neste ano. O rendimento médio das famílias – incluindo renda de emprego, outras fontes e também programas sociais – bateu recorde em 2023.
Os números apontam para um cenário em que o país está pronto para se tornar uma potência econômica, mas também ambiental e social. Com a reforma tributária a ser implementada, teremos condições de dar um salto ainda maior em nossa economia.
A mudança, a ser implantada nos próximos dez anos, por si só, deve incrementar um crescimento de 2% do PIB, com ganho de produtividade, eficiência e competitividade. Um novo Brasil desponta no horizonte.
REGINALDO LOPES
Deputado federal (PT-MG)
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