SABORES DO MUNDO

Renovação carioca

Redação O Tempo


Publicado em 13 de dezembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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O Rio de Janeiro continua lindo, e, depois da Copa, a cena gourmet da cidade se renovou, apostando em cozinha brasileira, com orgulho de ser tupiniquim, do cardápio traduzido em várias línguas ao decor dos novos restaurantes da cidade.

Com uma tacada certa, os donos do bar de Tapas Venga! inauguraram o Volta no Jardim Botânico (rua Visconde de Carandaí, 5), reeditando clássicos de “cozinha de vó”, como salpicão de frango e coquetel de camarão. Projeto do arquiteto Chicô Gouvêa, a casa faz cozinha “afetiva” com “charme de vendinha mineira”, vendendo compotas de frutas em calda de Araxá e o famoso pé de moleque de Piranguinho.

Minas parece estar na moda, haja vista o sucesso da Cachaçaria Mangue Seco, na Lapa, com cem tipos de cachaças (a maior parte delas de Paraty e de Minas), que acompanham a moqueca Mangue Seco (camarão, dendê, leite de coco e coentro) guarnecida com os clássicos arroz, pirão e farofa.

No Mira!, em Botafogo, que fica na Casa Daros (centro de arte contemporânea latino-americana), a chef Roberta Ciasca (dos Miam Miam e Oui Oui) vai de restaurante durante o dia e bar de tapas à noite servindo, em meio a uma coleção de quadros de Cildo Meirelles, pratos delicados, como ravióli de ervilhas e hortelã com salmão caramelado e kebab de cordeiro com creme fresco de limão, tomates assados e cenoura.
A rua Nelson Mandela, também em Botafogo, se transforma a cada dia em point gastronômico, agora com a novidade da elogiada pizza do Formato Vino e Forneria (dos mesmos donos do Cafofo Pub).

Em Copacabana, o Abaporu (rua Leopoldo Miguez, 107), comandado pela chef Rebecca Lockwood, estende o visual do calçadão do bairro para o piso de pedra portuguesa da casa e cria um cardápio que dá destaque para peixes e frutos do mar feitos com ingredientes que vão do pequi de Goiás à farinha da Amazônia.

Sabores amazônicos

A Amazônia também está com tudo como inspiração na gastronomia, haja vista o sucesso do Palaphita Kitch, que funciona num quiosque na lagoa, e o eco-lounge tupiniquim em frente ao Jockey Club, no Baixo Gávea. Pratos como arrombado de queijo camembert recheado com picadinho de tucunaré, pimenta de cheiro e banana-pacovã, pipoca com queijo coalho ralado, cuia de cabaça com frutos do mar se unem a sanduíches e às opções de champanhe, vinhos e caipirinhas.

O restaurante Uniko (rua da Quitanda, 86-105), no térreo do charmoso edifício Sul América, no centro do Rio, soluciona as escassas opções para executivos no almoço, tendo sido já descrito como “uma opção para os novos yuppies, num clima de Financial District pela Casa Vogue”. Com iluminação de Maneco Quinderé (afinal, tudo no Rio é um pouco palco), a casa traz ótimas opções de peixes, como o tartar de namorado, vermelho com legumes ou bacalhau, e tem um disputado happy hour, às quartas-feiras, com jazz e antepastos.

E finalmente, a grande novidade que veio dar na praia é a abertura do Figueira Rubaiyat Rio trazendo sua impecável seleção de carnes grelhadas, com direito à vista do Cristo Redentor, das palmeiras do Jardim Botânico e da pista de corridas do Jockey Club – e com direito a assistir às corridas. Sob o comando do chef espanhol Carlos Valentí, a filial do Rio agrega ao cardápio pratos de frutos do mar da cozinha mediterrânea e, como não podia deixar de ser, clássicos de boteco carioca, como bolinhos de camarão e croquetes de aipim.

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