O vôlei também parou. Fronteiras fechadas em muitos países da Europa, eu me peguei pensando o que seria de mim e da minha família se estivesse na República Tcheca ainda. Minha passagem foi emitida para maio, retornamos em fevereiro. Compramos máscaras, tínhamos poucas informações e cruzamos com algumas pessoas no aeroporto tentando se proteger de um inimigo invisível e pouco conhecido naquela ocasião.
A maioria dos campeonatos e times pelo mundo estão parados. No meu ex-time o anúncio foi rápido, curto e grosso. “Vocês estão liberados e têm até meia-noite para cruzar a fronteira.”
Não havia atletas da América do Sul no time, apenas eu. Os demais, que residem em países próximos, correram desesperadamente para o país de origem. Nada acontece por acaso nesta vida! Nossa passagem foi emitida para maio, antecipamos para fevereiro. Quem ficou sabe-se lá quando poderá sair. Quem poderá estar de volta à terra natal!
O francês Le Roux puxou a fila em fevereiro, ele estava na China quando o coronavírus surgiu. Éder Levi, ex-Sada Cruzeiro, atualmente na Estônia, está de malas prontas e vai contar, em vídeo disponível no portal O Tempo, a terrível experiência que viveu. Do lado das mulheres, não foi diferente. Rosamaria, um dos destaques do Campeonato Italiano, segue as regras estabelecidas pelo governo e ainda não tem previsão de volta.
Por aqui, o maior e mais importante campeonato de vôlei também entendeu a importância e a prudência de parar. Interromper como prevenção, parar como precaução. A Superliga masculina está suspensa, decisão sensata. Está em discussão o que deverá acontecer em um futuro próximo.
Retomar o campeonato, acho pouco provável. Encerrar e decretar campeão o primeiro colocado? O show deve continuar, e só consideramos show quando os atletas não correm riscos e a torcida está presente.