Oportunidade e competência! Muitos anos remando, alguns ciclos olímpicos tentando. Não foi por incompetência, foi por excesso de boas atletas na posição. Aos 40 anos o jogo virou, e ela não foi a Tóquio a passeio. Não foi bater palmas do banco. Chegou chegando, literalmente!
Entrou em uma “vaga” que tinha dona. Thaísa seria a titular se fosse a Tóquio. Pediu dispensa e abriu caminho para Carol Gattaz. Já havia feito uma temporada irretocável no Minas e foi à Olimpíada em excelente forma física. Quebrou paradigmas de idade, deu show. É comum ouvir comentários positivos na mesma proporção em que se ouvem negativos quando um atleta mais experiente não flui conforme o esperado por torcedores, comentaristas e narradores.
Nível altíssimo, não precisou apresentar identidade para mostrar o valor. Em vários momentos esteve entre as maiores pontuadoras durante jogos importantes. Deu outra conotação para o conjunto idade e competência. Passou da hora de mudar a mentalidade brasileira, principalmente. Foco nos números relacionados ao desempenho, estatística.
Admirei a postura como amante do vôlei, colunista e atleta “experiente”, para não dizer velho no linguajar informal.
Eu, do alto dos meus 42 anos, estou pensando em voltar a jogar para concorrer a uma vaga em Paris. Na verdade, essa última frase foi a única inverdade da coluna.
Por mais atletas competentes e experientes jogando competições em alto nível. Idade é apenas um número que não é levado em consideração quando se está jogando o fino da bola. Parabéns, Carol, prata em Tóquio, melhor central da Olimpíada!